Os líderes do G20 concordaram em acelerar os esforços para triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030, alinhando-se com as recomendações da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) sobre como o mundo pode avançar em linha com as metas do Acordo de Paris.
Numa declaração adoptada no sábado, o Grupo cita um relatório conjunto entre a IRENA e a Presidência indiana do G20, intitulado Financiamento de Baixo Custo para Transições Energéticas, que estima a necessidade de mais de 4 biliões de dólares em investimentos anuais até 2030.
De acordo com o World Energy Transitions Outlook 2023 da IRENA, divulgado no início deste ano, em Junho, o mundo precisa de triplicar a capacidade global de energia renovável para pouco mais de 11 000 GW até 2030 para manter a possibilidade de limitar o aquecimento global a 1,5°C. O acordo celebrado pelo G20 apoia este objetivo.
“A adoção de uma meta de energia renovável alinhada com os objetivos do Acordo de Paris é um marco significativo para a transição energética”, disse o Diretor Geral da IRENA, Francesco La Camera. “Ao longo da última década, graças à rápida queda dos custos, as energias renováveis emergiram como a solução energética mais rentável para satisfazer as necessidades crescentes das populações globais e, ao mesmo tempo, combater as alterações climáticas.”
“A IRENA orgulha-se de ter desempenhado um papel na decisão do G20 de adoptar esta meta. Manteremos uma estreita colaboração com os nossos países membros para concretizar esta ambição”, acrescentou.
La Camera sublinhou a importância de aproveitar esta dinâmica política à medida que o mundo se prepara para a COP28, sublinhando que uma agenda de ação ambiciosa que inclua tanto os países desenvolvidos como os países em desenvolvimento na COP28 será essencial para enfrentar o desafio climático.
O relatório Financiamento de Baixo Custo para Transições Energéticas da IRENA, desenvolvido em estreita colaboração com o Ministério das Energias Novas e Renováveis (MNRE) da Índia, fornece uma caixa de ferramentas para aumentar a disponibilidade de capital de baixo custo nos países do G20 e além.