Hidrogênio

Os projetos de hidrogênio verde já anunciados no Brasil representam uma nova demanda de energia elétrica e prometem movimentar bilhões de reais em todas as regiões do país, especialmente nos portos. O novo marco legal, sancionado na última sexta-feira (02/08) abrange diversas tecnologias de produção, mas as fontes solar e eólica podem ter vantagem na exportação com menos emissão de CO2 equivalente por kg produzido. 

O valor previsto de investimento, considerando as 24 propostas, incluindo além das plantas a produção de equipamentos, é de R$ 2,7 bilhões, o que representa o maior volume já investido em uma Chamada de Projetos Estratégicos da agência.

Projeto da companhia australiana no Ceará poderá atingir até 2.100 MW. Conforme o cronograma, as seis empresas com pré-contratos assinados com o porto devem tomar suas decisões finais até 2026 para iniciar a produção no final de 2027.

O governo alemão concedeu € 4,6 bilhões de euros (€ 5 bilhões) para 23 projetos de hidrogênio verde, enquanto a BP revelou planos separados para desenvolver uma instalação de hidrogênio verde de 100 MW na Alemanha.

A produção poderá ocorrer por meio de etanol, hidrelétricas, solar e eólica. O marco legal definiu em 7 Kg de CO2 o teto da quantidade de dióxido de carbono por quilograma de hidrogênio produzido a partir da fonte de energia. O texto segue para sanção presidencial.

O PL 2.308/2023 cria incentivos fiscais e financeiros para estimular a produção de hidrogênio de baixo carbono, tanto a partir de biomassas, etanol e outros biocombustíveis, quanto o produzido por eletrólise da água, usando energias renováveis, como solar e eólica. Emenda que estabelecia que a geração renovável de energia elétrica para produção de hidrogênio de baixo carbono deveria ser proveniente de novos projetos foi recusada.

Três institutos Fraunhofer na Alemanha desenvolveram um módulo tandem para a produção direta de hidrogênio, como uma alternativa modular e flexível aos grandes eletrolisadores. A geração solar é uma fonte de alimentação adicional.

A companhia investirá R$ 30 milhões em um projeto de P&D regulado pela Aneel para implantar a usina de hidrogênio verde que será alimentada por um sistema fotovoltaico de 150 kWp e fornecerá combustível verde para ônibus e veículos leves. Com cinco acordos de cooperação com governos e empresas para projetos de hidrogênio verde de baixo carbono no Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, a companhia recebeu o ministro Alexandre Silveira na Espanha.

Com a sequência de duas aulas, a organização promove um curso focado na certificação, com o tema: Hidrogênio de Baixo Carbono.

Texto volta para análise na Câmara após ser aprovado com mudanças pelo Plenário do Senado Federal. Como aprovado, define incentivos fiscais e financeiros para a produção de hidrogênio de baixo carbono, incluindo o produzido com fontes renováveis de energia como solar e eólica.