O mercado brasileiro representa entre 30% e 40% das receitas da Valmont Solar, divisão de energia solar da multinacional Valmont Industries. A companhia tem a meta de comercializar 1 GW de trackers solares por ano no país a partir de 2025. A companhia já forneceu no Brasil 2 GW dos equipamentos para projetos de geração distribuída (GD) e 1 GW para usinas centralizadas. O país é um dos três hubs estratégicos da Valmont Solar no mundo, ao lado dos Estados Unidos e Itália. De sua fábrica localizada em Contagem, Minas Gerais, a empresa já exportou aproximadamente 600 MW para o Chile e a Argentina.
Para 2025, a empresa aposta em dois lançamentos, mirando frentes estratégicas como o retrofit de usinas fotovoltaicas que já estão em operação há mais tempo no país. E o sprint final de construção de usinas de minigeração distribuída com desconto integral ou de até 85% nas tarifas do sistema de distribuição (usinas que solicitaram acesso até 2022 e em 2023, respectivamente, GD0 e GD1).
No segmento de retrofit, a Valmont vê uma oportunidade diante da necessidade de modernização de usinas solares mais antigas — especialmente na substituição de inversores. “Estamos falando de usinas com 5 a 10 anos, em que a troca ou a reforma no inversor será necessária. E quando isso acontece o cliente já pensa: então por que eu não faço um upgrade do sistema e coloco um tracker? Por que eu não faço um upgrade e coloco um módulo de maior eficiência”, disse à pv magazine o diretor regional da Valmont Solar no Brasil, Ramon Gomes.
Já na geração distribuída, a empresa acredita em um “sprint final” para projetos classificados como GD 0 e GD 1. Nesse cenário, a Valmont aposta em manter estoque disponível para entregas rápidas, com soluções adaptáveis a diferentes tipos de terreno e layout. “A gente tem 30 MW no chão, de estoque para entrega rápida. Então a gente consegue fechar a engenharia e já entregar as estacas de fundação em 7 dias”, diz Gomes. “A gente entrega muito valor nisso para GD, principalmente com os pareceres com tempos muito apertados.”

Imagem: Valmont Solar
Novo software desenvolvido “em casa” para o mercado brasileiro
A aposta mais recente da companhia para agregar valor para os clientes é o Convert Compass, sistema de controle descentralizado que acompanha todos os novos trackers fornecidos pela Valmont Solar e que pode ser instalado nos equipamentos já entregues pela companhia. O sistema foi desenvolvido pelo departamento de Operação e Manutenção da companhia no Brasil.
“Com o sistema, cada unidade de controle possui seu próprio algoritmo e inteligência, o que significa que não é necessário um controle centralizado para que os trackers funcionem. O sistema é capaz de realizar autodiagnóstico, identificar falhas e realizar manutenções corretivas, além de fornecer informações e instruções para o mantenedor”, disse à pv magazine o gerente de Operação e Manutenção da Valmont Solar Latam, Erik Rodrigues, responsável pela inovação e desenvolvimento do sistema.
Uma das grandes vantagens da descentralização do sistema de controle é o ajuste fino dos trackers por todo o layout planejado da planta fotovoltaica, de acordo com diversas variáveis. Se, por exemplo, em uma parte do terreno o vento estiver mais forte, apenas as strings afetadas entrarão em “posição de defesa” para priorizar a estabilidade dos equipamentos e não a geração solar, mas a parte não afetada da planta seguirá posicionada para otimizar a produção de energia.

Imagem: Divulgação
O sistema também auxilia o suporte técnico do lado da Valmont, explica o gerente. “É como se nosso sistema fosse um segundo mantenedor da planta. Nós conseguimos da nossa central monitorar e observar o que está ocorrendo na planta. Então, se não tem um mantenedor ali disponível, posso fazer contato direto com o cliente, e avisar que tem uma estrutura que precisa de manutenção, com instruções e direcionamento”.
Para a geração centralizada, o sistema, que faz “vistorias” na planta a cada 150 milisegundos, é fornecido junto à uma cláusula em contrato que prevê uma disponibilidade mínima de disponibilidade dos trackers. Segundo Rodrigues, o sistema já foi fornecido em retrofit de uma planta de aproximadamente 250 MW que está em operação há mais de sete anos. Além do software, a companhia prepara para o segundo semestre o lançamento focado em geração centralizada do tracker multi string Convert Versa, pelo departamento de New Product Development da companhia no Brasil, em Contagem, Minas Gerais.
Outro eixo estratégico da Valmont Industries no Brasil envolvendo os trackers da Valmont Solar é o agronegócio. O grupo criou a empresa AG Solar para atender esse mercado, oferecendo um pacote completo ao produtor rural: sistemas fotovoltaicos associados a pivôs de irrigação e outros equipamentos essenciais para o campo.
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