Do portal de notícias ESS News
Futuros projetos de energia eólica e solar no México serão obrigados a incluir sistemas de armazenamento de energia de bateria equivalentes a 30% de sua capacidade, disse um alto funcionário do governo ao Senado na terça-feira.
“Já mudamos o código da rede e estabelecemos que, para cada usina de geração renovável intermitente, 30% serão baterias”, informou Jorge Islas, subsecretário de planejamento e transição energética, no Fórum “Plano Estratégico Nacional: Perspectivas e Estratégias”.
“As baterias precisarão armazenar energia equivalente a pelo menos três horas de descarga”, acrescentou.
Com seu mercado de armazenamento de energia em um estágio incipiente, a nova regulamentação do México vem logo após uma política semelhante introduzida na Índia. No final de fevereiro, o Ministério da Energia da Índia determinou que as agências de implementação de energia renovável e as concessionárias estaduais exigissem sistemas de armazenamento de energia de mais de duas horas com pelo menos 10% da capacidade das instalações solares associadas em futuras licitações.
Os regulamentos que introduzem um decreto de armazenamento de energia apareceram pela primeira vez na China. Desde 2022, os mandatos políticos que exigem que os projetos de energia solar e eólica incluam sistemas de armazenamento de energia têm sido cruciais para acelerar a implantação do armazenamento no mercado mundial. Mais de 20 províncias emitiram tais mandatos e alguns governos provinciais aumentaram suas taxas obrigatórias para projetos de armazenamento de energia para 20%, acima dos 10% de alguns anos atrás.
Esses requisitos ajudaram a mitigar a redução das energias renováveis na China. No entanto, também aumentaram os custos operacionais para projetos de energia renovável e muitos proprietários de projetos relataram baixas taxas de utilização de seus sistemas de armazenamento.
No entanto, em uma grande mudança de política anunciada em fevereiro e que deve entrar em vigor em 1º de junho, a China redefiniu como as usinas de energia renovável na China são renumeradas. Introduziu leilões de contrato por diferença (CfD) para usinas de energia renovável e removeu seu mandato de armazenamento de energia, que gerou até 75% da demanda do país até o momento.
Mix energético do México
Em seu discurso ao Senado, Islas também disse que um total de 21,8 GW de nova capacidade de geração será conectado à rede no México até 2030, com fontes de energia limpa respondendo por cerca de 80%.
Ele apresentou dois cenários para a transição energética do país até 2030: um cenário base, onde a energia limpa representaria 38% do mix de eletricidade dos atuais 22%, e um cenário ambicioso, visando 45%. A demanda projetada para 2030 é estimada em 64.979 MW.
Somente até 2028, 1.673 MW de energia fotovoltaica serão instalados em seis projetos colocalizados, juntamente com 574 MW de baterias, localizados principalmente no norte do país, disse Islas.
Estima-se que 54% da nova geração será fornecida por entidades estatais. O restante virá do setor privado, fornecendo 6,4 GW de nova capacidade de geração no cenário base do Ministério da Energia e até 10 GW em um cenário mais ambicioso.
Islas informou que as reformas energéticas, que entraram em vigor no início de março, fornecem uma série de mecanismos para o setor privado participar do mercado de eletricidade.
A primeira opção é que uma empresa privada venda toda a eletricidade produzida por uma usina de energia renovável para a concessionária estatal mexicana CFE. Outra opção é que as empresas criem joint ventures com a CFE para gerar energia, com uma participação máxima de 46% do setor privado. Por fim, os investidores também poderão instalar suas próprias usinas para vender eletricidade diretamente no mercado atacadista ou para uma empresa privada, disse Islas.
No início de março, o México introduziu disposições administrativas que regulam a integração de sistemas de armazenamento de energia no Sistema Elétrico Nacional. Também revelou que a incorporação de 8.412 MW de sistemas de armazenamento de energia está planejada para o ano fiscal de 2024-2038.
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