Solatio obtém aprovação para projeto de 3 GW de hidrogênio e amônia verde na ZPE de Parnaíba, Piauí

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A Solatio, desenvolvedora de projetos de energia solar fotovoltaica do Brasil, anuncia a aprovação de seu projeto de hidrogênio e
amônia verdes na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba, no Piauí, pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE). Esta aprovação representa um marco fundamental rumo ao FID do projeto, que passa a contar com vantagens fiscais importantes, ampliando sua competitividade no mercado global de combustíveis limpos.

O projeto H2V Piauí, com capacidade de 3 GW, será implementado em 3 etapas anuais consecutivas, com previsão de entrada em operação da primeira etapa em janeiro de 2029. Segundo publicação do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), a iniciativa demandará R$ 27 bilhões em investimentos e deve gerar 2,7 mil empregos diretos e indiretos.

A energia para o empreendimento virá de plantas fotovoltaicas da própria Solatio, conectadas ao grid e dimensionadas para suprir a totalidade da energia por ele requerida.

Como o complexo industrial funcionará 24 horas por dia, os excedentes de geração de energia no horário solar serão “trocados” por energia produzida nos demais horários por empreendimentos de energias renováveis de terceiros, contratados no longo prazo, e registrados na CCEE, garantindo certificação e previsibilidade.

Esse processo inovador assegura não apenas o custo competitivo da energia mas também o rigoroso cumprimento dos requisitos de certificação para produção de hidrogênio verde dos principais mercados do mundo. A gestão dessa operação ficará a cargo da Tradener, primeira empresa autorizada a comercializar energia e uma das mais respeitadas do país.

Com a otimização dos custos de investimento e de energia, a Solatio tem a perspectiva concreta de produzir hidrogênio verde abaixo dos três dólares por quilo, viabilizando a comercialização do produto junto às empresas com as quais mantém memorandos de intenções.

O projeto da planta industrial foi elaborado pela Worley, uma das maiores e mais conceituadas consultorias globais, reconhecida por sua expertise em projetos complexos de transição energética, o que assegura o alinhamento com os mais altos padrões internacionais de eficiência e sustentabilidade.

O projeto encontra-se em fase final de licenciamento ambiental e a decisão final de investimento (FID) deve acontecer ainda no primeiro semestre desse ano.

“Este é um passo decisivo para estabelecer o Brasil como um líder global na produção de hidrogênio e amônia verdes,” afirma Pedro Vaquer, CEO da Solatio. “Nosso modelo integrado, que combina produção própria de energia renovável com a expertise de parceiros estratégicos, nos permite oferecer um produto competitivo, gerando valor localmente e contribuindo para a descarbonização da economia global”.

O empreendimento vai gerar centenas de empregos diretos e indiretos no estado do Piauí, impulsionando o desenvolvimento econômico local e criando um polo de conhecimento e inovação em tecnologias limpas. A produção será destinada principalmente aos mercados da Europa e Ásia, onde a demanda por combustíveis de baixo carbono é relevante e crescente.

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