Conta de luz sobe 18,6% e dispara inflação de fevereiro

Quase metade da conta de luz vai para encargos e tributos

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Sem o chamado “bônus de Itaipu” que ajudou a segurar a inflação em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial de fevereiro atingiu 1,31%, o maior valor desde março de 2022, quando marcou 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que no acumulado de 12 meses, o IPCA soma 5,06%, o patamar mais alto desde setembro de 2023 (5,19%) e fica acima da meta do governo – de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.

A alta da energia elétrica, de 16,8%, foi o que mais pressionou a inflação. Essa variação representa impacto de 0,56 ponto percentual no índice. A explicação está no efeito estatístico causado pelo fim do Bônus Itaipu, desconto que os brasileiros receberam na conta de luz em janeiro e fez com que a inflação daquele mês ficasse em 0,16%.

Sem o desconto em fevereiro, o preço da energia dá um salto no mês seguinte. Isso fez com que o item habitação passasse de -3,08% em janeiro para 4,44% em fevereiro, exercendo o maior impacto (0,65 ponto percentual) inflacionário do mês.

“O subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explica o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.

Conforme comentou o executivo, se o impacto da energia elétrica fosse retirado do cálculo, a inflação teria sido de 0,78%, o maior desde fevereiro de 2024 (0,83%).

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