Carregamento diurno de veículos elétricos expande ainda mais a adoção de energia fotovoltaica

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Da pv magazine Global

As vendas de veículos elétricos (VEs) estão se aproximando de um quarto de todas as vendas de veículos. Na China, a fração de vendas de veículos elétricos pode chegar a 50% este ano. A China é o maior mercado de veículos elétricos do mundo e também o maior fabricante de veículos elétricos do mundo. A saturação que se aproxima do mercado doméstico significa que uma enxurrada de exportações chinesas de veículos elétricos com preços competitivos pode ser esperada, levando a um rápido crescimento contínuo nas vendas globais de veículos elétricos.

As vendas de veículos elétricos cresceram 25% em 2024 em comparação com 2023, para mais de 17 milhões de veículos elétricos de passageiros e leves vendidos no ano passado. Supondo que a demanda de eletricidade por veículo seja em média de 10 kWh/dia, isso implica um crescimento na demanda de eletricidade de cerca de 60 TWh por ano. A geração elétrica por combustíveis fósseis estagnou desde 2021. Assim, praticamente toda a demanda extra de eletricidade está sendo atendida por novas energias solar e eólica.

A maioria dos veículos existentes no mundo hoje, predominantemente veículos a gasolina, será aposentada até 2040. Podemos esperar com confiança que a maioria das vendas de veículos novos na década de 2030 será elétrica, o que significa aumentos contínuos na demanda por energia solar e eólica. Grosso modo, a eletrificação completa da frota de veículos terrestres em uma economia avançada adiciona 40% à demanda de eletricidade. Essa nova demanda será proveniente de energia solar e eólica.

Como ZareAfifi, de Castro e Kurtz discutiram recentemente, o carregamento diurno de VEs é um poderoso divisor de águas, aproveitando cargas flexíveis de VE para manter o valor solar na rede e alinhando as cargas de carregamento de VE com a geração solar. Se a adoção de energia fotovoltaica expandir em um ritmo mais rápido do que as soluções de armazenamento complementares na rede, seu valor marginal de rede diminuirá, reduzindo seu apelo econômico devido a uma crescente falta de alinhamento entre a nova geração solar e as cargas de eletricidade. Os VEs são “baterias sobre rodas” que podem ser carregadas durante as horas de sol com eletricidade solar e descarregadas na rede a qualquer momento, oferecendo armazenamento de energia de curta duração para atender à demanda noturna. O momento do carregamento de EV torna-se, portanto, fundamental.

A instalação generalizada de infraestrutura de carregamento lento em ambientes residenciais e não residenciais, como locais de trabalho onde os carros ficam estacionados por várias horas durante a semana, pode tornar o carregamento diurno mais econômico e praticamente atraente. As taxas de tempo de uso que refletem as horas diurnas se alinham com a disponibilidade da eletricidade mais limpa e competitiva em termos de custo, aproveitando a energia solar fotovoltaica em seu pico de produção.

No ritmo atual, até o final da década, a capacidade instalada cumulativa de energia solar fotovoltaica será maior do que a soma de todas as outras tecnologias de geração de eletricidade combinadas. À medida que a adoção de energia fotovoltaica cresce, a redução da eletricidade solar nos horários de pico de produção começa a se tornar um problema, e grandes novas cargas que correspondem à disponibilidade de recursos solares, como carregamento de veículos elétricos durante o dia, são adições bem-vindas.

Demanda 2024 737.5
Grade Residencial 80996.6
Grade Comercial 655165.6
Propriedade da Grid Utility 36.8
Fora da rede/Outros 1305.6
Total 737504.7
Instalações 476.3
Inventário e outros 261.2

Detalhamento da demanda solar fotovoltaica em 2024. A demanda total foi de 737,5 GW. Reproduzido com permissão de P. Mints, Solar Flare Edição 1, 2025. https://www.spvmarketresearch.com/

 

Detalhamento da demanda solar fotovoltaica em 2024. A demanda total foi de 737,5 GW.

Imagem: Reproduzido com permissão de P. Mints, Solar Flare Edição 1, 2025.
https://www.spvmarketresearch.com/

Autores: Prof. Ricardo Rüther (UFSC), Prof. Andrew Blakers/ANU Andrew.blakers@anu.edu.au

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