O consórcio formado pelas empresas Sunlution, do Brasil, e Luxacril, do Paraguai, foi o vencedor da licitação para instalar uma usina solar flutuante no reservatório da usina hidrelétrica de Itaipu, em caráter experimental, com capacidade de 1 MWp. O resultado já foi homologado pela Itaipu e a assinatura do contrato deve ocorrer até o início de março.
No total, seis consórcios participaram da licitação, sendo que quatro deles foram inabilitados por problemas de documentação. O consórcio Sunlution-Luxacril ofereceu o serviço pelo menor preço, de US$ 854,5 mil, deságio de 11,72% em relação ao valor previsto no edital.
Após a assinatura do contrato e a emissão da ordem de serviço, o prazo para a instalação da usina solar será de 150 dias, incluindo a entrega do projeto de engenharia, dos equipamentos elétricos, do sistema de controle e instrumentação, estrutura mecânica, obras civis e estruturais, construção, montagem e comissionamento.
Outros 180 dias serão adicionados para assistência técnica, treinamento e aceitação final do produto, totalizando 330 dias para a execução do projeto.
De acordo com o superintendente da Assessoria de Energias Renováveis da Itaipu, Rogério Meneghetti, as placas fotovoltaicas serão instaladas no lado paraguaio do reservatório, em área inferior a um hectare, e a energia gerada (entre 1,8 mil MWh e 2 mil MWh) vai atender parcialmente o consumo interno da própria usina.
“Dado o caráter inovador e disruptivo desse projeto, temos trabalhado de forma conjunta com os colegas da Assessoria de Energias Renováveis da margem direita (lado paraguaio), da Diretoria de Coordenação e da Diretoria Técnica, visando superar os desafios e garantir a implementação adequada da usina solar flutuante”, afirmou Meneghetti.
Estudos ambientais
Além da planta solar, a Itaipu, em parceria com o Itaipu Parquetec e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI – margem paraguaia), vai desenvolver o projeto “Estudos para Sustentabilidade da Usina Solar Flutuante (USF) no reservatório da Usina Hidrelétrica Itaipu (UHI)”.
O projeto prevê a elaboração de análises de comparação de geração entre a usina flutuante e outras usinas solares em solo, análises de modelos de negócio para as legislações brasileira e paraguaia, avaliação de impactos na rede interna de energia da Itaipu (se houver) e simulações para eventual expansão da usina flutuante e inclusão de sistemas de bateria.
O estudo também vai levantar possíveis impactos ambientais da planta fotovoltaica no reservatório, trabalho que será feito com a colaboração da Diretoria de Coordenação.
As análises poderão confirmar alguns dos benefícios ambientais esperados com o projeto, entre eles, a redução da evaporação do reservatório e a mitigação da formação de algas, contribuindo para a preservação dos ecossistemas aquáticos. Ao refletir a luz solar, a água também poderá aumentar a captação de energia dos painéis solares, gerando maior rendimento em comparação com instalações terrestres.
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