Apesar de considerar o ano de 2024 como um dos mais desafiadores do setor fotovoltaico no Brasil, a Fotus conseguiu dar sequência ao seu plano de crescimento e registrou aumento de 70% na potência em MW faturada em comparação com 2023. Para este ano, a expectativa é que a empresa se consolide entre as líderes em distribuição, com crescimento um pouco acima do estimado para o mercado. Em termos de tecnologia, a aposta é na comercialização de sistemas híbridos com armazenamento por baterias e na ampliação do portfólio de soluções ofertadas como a migração de clientes para o mercado livre de energia e consórcios.
Para o gerente da Fotus, Breno Ventorim, um dos principais desafios do ano passado foi seguir com a execução do plano de crescimento, expandindo a operação para todas as regiões geográficas do país com abertura de novos Centros de Distribuição, mesmo em um cenário de queda de preços constante, redução de ticket médio e concorrência forte – em alguns momentos, até mesmo “desleal, com produtos sendo ofertados abaixo do preço de custo”. Atualmente, a companhia conta com centros de distribuição em Vila Velha (ES), Cabo de Santo Agostinho (PE), Guaramirim (SC), Aparecida de Goiânia (GO) e Ananindeua (PA), sendo os três últimos inaugurados no ano passado.
O executivo também afirma que a inversão de fluxo foi um problema constante e frequente ao longo do ano de 2024, principalmente nos estados Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, com impacto direto nas vendas da empresa. “Em Minas Gerais, por exemplo, cerca de 75% dos integradores alegaram recusas por parte das concessionárias em seus projetos. Entretanto, a buscamos auxiliar os integradores para estas questões frente às concessionárias e até mesmo aos órgãos regulatórios e governamentais, por meio do patrocínio e participação no Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL)”.
Para a distribuidora, 2025 ainda será um ano de crescimento e a expectativa é aumentar sua participação de mercado especialmente nas regiões do Norte, Sul e Centro-Oeste do país, onde inaugurou os novos CDs. A companhia vê como um grande desafio o aumento da alíquota do imposto de importação para os módulos fotovoltaicos que, na prática, sairá de 0 para 25%.
“A margem do mercado de distribuição não permite a absorção destes valores e, portanto, estes custos deverão ser repassados ao preço final do kit fotovoltaico, o que poderá causar um “baque” inicial aos clientes. Entretanto, é muito importante ressaltar que este aumento no preço não influenciará tanto no payback do investimento – estima-se um acréscimo em torno de quatro meses, para um produto que possui vida útil acima de 25 anos”, afirma Ventorim.
Para os casos em que a instalação de kits fotovoltaicos não atenda por completo as necessidades do consumidor, a Fotus lançou recentemente uma nova solução que poderá ampliar o portfólio de nossos integradores parceiros. “Os integradores poderão ofertar aos seus clientes a migração para o mercado livre de energia e/ou aderir à consórcios de energia solar, reduzindo custos e aumentando a previsibilidade financeira. Os serviços incluirão consultoria, suporte na transição e acesso a fornecedores e parceiros com foco em economia e sustentabilidade”, finaliza. Para realizar a migração dos clientes do integradores, a distribuidora formou uma parceria com a RZK.
Destravando o mercado de armazenamento no Brasil
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