MME anuncia investimento de R$ 5 bilhões em minerais estratégicos com foco na transição energética

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O Ministério de Minas e Energia (MME), anunciou investimento de R$ 5 bilhões voltado ao desenvolvimento de negócios que promovam a transformação de minerais estratégicos para a transição energética e a descarbonização da economia brasileira.

A parceria, firmada entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), lançada nesta terça-feira (7/01), está alinhada à crescente demanda global por minerais como lítio, terras raras, níquel, grafite e silício, fundamentais para a fabricação de baterias, células fotovoltaicas, ímãs permanentes e outros componentes indispensáveis às tecnologias sustentáveis.

“Sabemos que não existe transição energética sem a mineração, e o Brasil, com sua vasta riqueza em minerais estratégicos como lítio, nióbio, cobre e grafita, está no centro desse processo. No atual cenário global de descarbonização e transição energética, temos uma grande oportunidade de atrair investimentos para o setor mineral brasileiro, reafirmando nossa posição como potência global e contribuindo para a construção de um mundo mais verde e sustentável”, destacou o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A edital para a chamada pública já está disponível e contempla o financiamento de projetos em diferentes estágios, desde plantas industriais em larga escala até pesquisas e estudos para novas capacidades industriais. A iniciativa busca alavancar investimentos entre cinco e dez vezes o montante inicialmente disponibilizado, mobilizando recursos para todas as etapas, desde pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novas tecnologias até a implantação de plantas de demonstração e em escala industrial.

O Brasil tem a sétima maior reserva de lítio do mundo. O mineral é encontrado no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; na província de Borborema, localizada entre os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e na província de Solonópole, também no Ceará. Os recursos e reservas dessas localidades formam um montante de mais de 1 milhão de toneladas. Atualmente, a produção brasileira é de 2.200 toneladas ao ano, a 5ª maior mundial, mas com a produção das novas empresas de lítio no Brasil, o país poderá alcançar a 3ª colocação no mundo, o que atenderá à demanda crescente da frota de carros elétricos no país.

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