Em 2024, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou 86 autorizações para novas usinas fotovoltaicas que somam 4.260 MW de capacidade. Os números sinalizam uma desaceleração na oferta de expansão da geração solar. Em 2023, foram publicadas 1.630 autorizações para 71.309 MW.
O segmento de geração solar centralizada, que compreende as usinas de maior porte contratadas para atender a demanda de grandes consumidores de energia no mercado livre ou as distribuidoras de energia, já deve sofrer o impacto do aumento no imposto de importação dos módulos e o fim das cotas de importação que isentavam a cobrança do imposto.
Desde novembro de 2023, a Aneel só emite autorização de exploração de novas usinas de geração que já tenham um contrato de uso do sistema de transmissão (CUST) assinado. Antes disso, a autorização era emitida primeiro e só então as empresas geradoras buscavam o CUST.
Agora, a partir da publicação da autorização, os projetos têm até 54 meses, ou quatro anos e meio, para entrar em operação comercial. No entanto, o CUST tem um prazo de 36 meses para início de execução a partir da sua assinatura.
Em 2024, entraram em operação comercial 5.589 MW de capacidade de geração solar centralizada, segundo dados da Aneel, o que representou a maior expansão anual do segmento até o momento. A agência projeta que em 2025 sejam conectados mais 4.007 MW de usinas fotovoltaicas.
Ao todo, incluindo também a geração distribuída, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), projeta uma expansão de 13,2 GW da fonte em 2025. A associação aponta que, para o segmento de geração centralizada, os cortes de geração e o cenário macroeconômico serão os maiores desafios.
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