IFC adquire US$ 20 milhões de FIDC da Sol Agora

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A IFC investiu US$ 20 milhões, equivalente a R$ 123 milhões, para apoiar o crescimento da Sol Agora, uma fintech que oferece financiamento de longo prazo para ativos de micro e minigeração de energia solar distribuída em todo o Brasil, utilizados principalmente por residências brasileiras. A IFC, parte do grupo Banco Mundial, adquiriu cotas seniores do IS Sol Agora Green II ESG FDIC, o segundo FIDC da Sol Agora, que alcançou aproximadamente R$ 900 milhões em capital comprometido, e foi totalmente chamado e desembolsado.

A Sol Agora lançou seu primeiro FIDC no final de 2022 e já levantou mais de R$ 1,4 bilhão em FIDCs até agora, financiando mais de 43.000 clientes em todo o Brasil.

Este investimento no FIDC da Sol Agora está alinhado com o objetivo da IFC de ajudar a expandir o acesso ao financiamento climático para sistemas solares, tornando-o acessível a uma gama mais ampla de clientes, incluindo a melhoria das condições de financiamento para que as instalações sejam mais acessíveis para residências e pequenas e médias empresas. Os títulos lastreados em ativos solares emitidos por FIDCs são uma classe de ativos e instrumento de mercado de capitais em desenvolvimento, e o investimento da IFC nos FIDCs da Sol Agora contribuirá, em última análise, para fortalecer os mercados de capitais do Brasil.

“Estamos entusiasmados em trabalhar com a Sol Agora para expandir o financiamento para soluções solares no Brasil. Esta iniciativa contribui para os esforços do Brasil em direção ao crescimento econômico sustentável e a resiliência climática, apoiando o país em sua busca para se tornar um líder global em questões climáticas”, disse o diretor regional da IFC para a América do Sul, Manuel Reyes-Retana. “Este investimento está perfeitamente alinhado com a estratégia geral da IFC para o Brasil nos próximos cinco anos, que se concentra na construção de uma economia mais produtiva, inclusiva e verde”, acrescentou.

Responsável por cerca de 40% das emissões de gases de efeito estufa na América Latina e no Caribe, o Brasil se comprometeu a reduzir as emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030 em relação aos níveis de 2005. Até 2030, o Brasil pretende aumentar as energias renováveis (excluindo hidrelétricas) para 45% de sua matriz energética, ante 22% em 2022, e alcançar emissões líquidas zero até 2050. Para atingir a neutralidade de carbono até 2050, o Brasil precisa de um investimento anual estimado em 4,3% do PIB entre 2022 e 2030, e ainda mais para o período até 2050. A IFC estima que o Brasil tem um potencial de investimento relacionado ao clima de US$ 1,3 trilhão para o período de 2016 a 2030. Para apoiar esses investimentos, é fundamental expandir o acesso ao financiamento climático.

“O crédito é um pilar fundamental para fomentar o mercado de geração distribuída globalmente, e o Brasil não é exceção. Na Sol Agora, montamos uma equipe com um histórico comprovado nos mercados de crédito e de capitais brasileiros, apoiada por tecnologia de ponta e práticas de governança de primeira linha. A parceria com a IFC representa um marco transformador que reforça nosso progresso, ao mesmo tempo em que aprimora nossa estrutura de capital e capacidades de captação de recursos. Com a expertise incomparável e a perspectiva global da IFC, estamos bem-posicionados para ampliar nosso impacto e navegar pelas oportunidades futuras de forma mais eficaz”, disse o CEO da Descarbonize Soluções e Sol Agora, Antonio Nuno Verças.

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