Sistema off-grid com baterias leva energia solar para comunidades isoladas em Rondônia

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Apesar dos avanços, algumas aldeias indígenas e populações ribeirinhas ainda não contam com energia elétrica em suas casas, principalmente, em lugares remotos ou de difícil acesso no Brasil. Em Rondônia, 78 famílias da Aldeia Indígena Santo André aguardaram por décadas, assim como as 85 famílias ribeirinhas da Comunidade Cavalcante. Ambas estão localizadas em áreas de difícil acesso onde a rede elétrica não contempla, em razão disso essas áreas eram abastecidas por geradores a combustível, que forneciam eletricidade apenas algumas horas do dia.

Em 2024, a realidade dessas comunidades mudou com a chegada da energia elétrica contínua, graças aos Microssistemas Isolados de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (MIGDI), instalados pela Energisa por meio do Programa Luz para Todos, do Governo Federal, que visa eletrificar áreas remotas e de difícil acesso. A Energisa levou eletricidade para 163 unidades consumidoras, beneficiando mais de 500 pessoas nessas localizações, com investimento de R$ 7 milhões. A execução dos projetos demorou, em média, quatro meses.

Os moradores estão celebrando as melhorias trazidas pela eletrificação. Rubens Oro Nao, residente da aldeia, mencionou que, antes da chegada da energia, a conservação dos alimentos era um grande desafio. “Antes, a gente precisava colocar sal na carne para ela durar. Agora, com a geladeira, até estou tomando água gelada”, relatou, destacando as novidades que a energia trouxe para a comunidade.

A instalação do microssistema de geração foi possibilitada por se tratar de uma tecnologia autônoma, off-grid e, principalmente, pela possibilidade de implementação em qualquer lugar que tenha incidência solar. Essa tecnologia representa um avanço em termos de acesso à energia elétrica para locais que ainda não foram contempladas com a expansão das redes de distribuição.

A Energisa liderou a instalação de Microssistemas Isolados de Geração e Distribuição de Energia Elétrica, usando fonte de energia fotovoltaica, para fornecer eletricidade 24 horas. A energia que não é consumida é armazenada em baterias de lítio que garantem o fornecimento ininterrupto. Além disso, o monitoramento é remoto, de modo que Energisa possa avaliar o desempenho, funcionamento e até mesmo solucionar intercorrências.

A eletrificação marca um momento histórico, transformando a vida de centenas de pessoas nestas comunidades e permitindo que elas mantenham suas tradições enquanto têm acesso a recursos que já estão disponíveis para a maioria da população brasileira.

 Benefícios diretos

Atualmente, 163 unidades consumidoras desfrutam de energia contínua, o que possibilita melhorias em áreas essenciais como saúde, educação e comunicação. A eletrificação permitiu o funcionamento de eletrodomésticos, iluminação, equipamentos escolares, e refrigeração de vacinas em postos de saúde, contribuindo para impulsionar o desenvolvimento social e econômico da região.

O líder comunitário, Benjamin Oro Nao, destacou o impacto transformador da energia elétrica. “Sem luz a gente não consegue produzir nada, não podemos trabalhar. Agora, com a eletricidade, tudo muda. Vai ajudar bastante”, afirmou Benjamin.

 Pós-instalação

Colaborador da Energisa orienta a população sobre o uso da energia.

Imagem: Energisa

Além da instalação dos sistemas de energia, a empresa também atuou na capacitação das comunidades, explicando o funcionamento, uso eficiente e seguro da energia elétrica para que os moradores atuem como facilitadores na identificação de eventuais problemas nos microssistemas.

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