O segundo leilão de transmissão de 2024, realizado na última sexta-feira (27/09), pela Agência Nacional de Energia Elétrica, negociou a construção de 783 km de novas linhas de transmissão e novas subestações, com capacidade de transformação correspondente a 1 GW. Os projetos demandarão R$ 3,35 bilhões em investimentos. O leilão também negociou novos contratos para empreendimentos já existentes. O deságio médio foi de 48,89% para construção de empreendimentos em seis estados.
A expectativa é de que sejam gerados cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos durante a construção dos empreendimentos, com capacidade adicional de transformação em 1.000 MVA, a partir de novas subestações. O leilão também negociou novos acordos para linhas de transmissão já existentes e que estavam em final de contrato, que vão permitir a continuidade da prestação dos serviços energéticos.
Os empreendimentos do leilão, estão localizados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 42 a 60 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.
O lote 2 do leilão, com linhas de transmissão planejadas para o Rio Grande do Sul foi retirado do leilão para que o governo tenha tempo de reavaliar o planejamento após as enchentes de grandes proporções no estado.
Confira o detalhamento dos lotes negociados:
Lote 1
O Lote 1 foi vencido pelo Consórcio Engie Brasil Transmissão, que apresentou oferta de R$ 252,4 milhões, representando um deságio de 48,14% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima prevista pela Agência no valor de R$ 486,4 milhões. O investimento esperado é de R$ 2,9 bilhões.
Serão construídos 780 km de linhas de transmissão, no Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, assim como pela construção das subestações 525 kV Curitiba Oeste e Abdon Batista 2 e pela continuidade das subestações 230/138 kV Mascarenhas e 230 kV Aimorés.
As obras reforçam o sistema elétrico dos estados do Paraná e de Santa Catarina e atendem o Espírito Santo e a área Leste, a região do Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba, em Minas Gerais. A estimativa é de criação de 5.866 empregos diretos. O prazo para conclusão do empreendimento é de 60 meses.
Lote 3
A Taesa venceu o lote 3 do leilão, com oferta de R$ 17,76 milhões, representando um deságio de 53,45% em relação à RAP prevista de R$ 38,2 milhões. O lote recebeu 10 lances válidos e posteriormente teve disputa a viva-voz entre as proponentes CPFL Transmissão, Taesa e EDF Brasil.
Com investimento estimado de R$ 244 milhões, prevê a construção da subestação 440/138 kV Estância, com potência de 600 mega-volt-ampères, de trechos de 2 km em linhas de transmissão 440 kV entre a subestação Estância e o seccionamento da linha de transmissão 440 kV Bauru – Salto.
O empreendimento contribuirá para o atendimento na região da cidade de Jaú. A construção está prevista para 42 meses e tem previsão de 697 empregos diretos.
Lote 4
A Cox Brasil arrematou o lote 4 do leilão com uma oferta de R$ 12,6 milhões, representando um deságio médio de 55,56% em relação à RAP inicial estabelecida pela Agência de R$ 28,4 milhões. O investimento estimado do lote é de R$ 168,3 milhões.
O Lote 4 demanda a construção da subestação 500/138 kV Barra II – (6+1R) x 66,6 MVA e do novo setor de 138 kV, com potência total de 400 mega-volt-ampères (MVA).
Os empreendimentos contribuirão para o atendimento à região de Barra, no Vale do São Francisco. As obras devem ser concluídas em 51 meses, com estimativa de criação de 395 empregos diretos.
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