Ação governamental estratégica, infraestrutura aprimorada e ação regulatória são necessárias para garantir a integração bem-sucedida de energia solar e eólica recém-implantadas, de acordo com um novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
As novas adições de energia solar e eólica devem ser bem integradas aos sistemas de energia no ponto de implantação para evitar a perda de benefícios significativos. Ele alerta que deixar de fazer isso pode resultar em uma geração solar e eólica 15% menor do que a projetada em 2030, reduzindo 5% de sua participação na matriz elétrica global e resultando em uma redução de até 20% nas emissões de dióxido de carbono no setor de energia.
“Se as medidas de integração não forem implementadas de acordo com um cenário alinhado com as metas climáticas nacionais, até 2.000 TWh de geração global de energia renovável estariam em risco até 2030”, disse a IEA, equiparando isso à produção combinada da China e dos Estados Unidos em 2023.
“O mundo viu um aumento notável na capacidade solar e eólica, pois os países buscaram reforçar sua segurança energética e reduzir as emissões”, disse o diretor de mercados de energia da IEA, Keisuke Sadamori. “Mas eles não colherão todos os benefícios sem esforços mais fortes para apoiar a integração dessas tecnologias em sistemas de energia”,
O relatório inclui um balanço global de medidas para integrar energia renovável variável, abrangendo 50 sistemas de energia que respondem por quase 90% da geração global de energia solar e eólica.
Ele disse que o apoio governamental deve ser estratégico e oferecer orientação para países em diferentes estágios de implantação de energias renováveis. Em áreas com baixas fases de integração, incluindo mercados emergentes como Índia e Brasil, o relatório disse que a maioria dos desafios de integração podem ser resolvidos por meio de modificações em ativos existentes ou melhorias operacionais que aumentem a flexibilidade.
“Essas medidas incluem otimizar processos de despacho e melhorar a previsão, solicitando maior flexibilidade e serviços de sistema de usinas de energia convencionais e renováveis, permitindo resposta à demanda industrial e aprimorando a infraestrutura da rede”, disse a IEA.
Para sistemas em áreas com uma porcentagem maior de renováveis na matriz energética, como Dinamarca, Irlanda e Espanha, o relatório disse que a chave para lidar com sucesso com os desafios de integração está na política e na ação regulatória.
“Os elementos essenciais incluem a modernização das práticas de operação do sistema, o planejamento estratégico aprimorado e a revisão das estruturas regulatórias”, disse a IEA. “O design do mercado também deve evoluir para acomodar as características únicas das redes dominadas por energia solar e eólica, novas tecnologias e o novo papel da geração convencional como provedora de serviços essenciais do sistema em vez de energia.”
A IEA previu que novos desafios de integração surgirão à medida que o crescimento das renováveis continuar e acelerar. Esses desafios incluem lidar com a variabilidade sazonal, garantir a lucratividade para novos investimentos em meio à crescente volatilidade dos preços e compensar adequadamente os ativos que fornecem flexibilidade.
“Resolver esses desafios exigirá inovação, colaboração e comprometimento contínuos de formuladores de políticas, líderes de tecnologia e pesquisadores em todo o mundo”, disse a organização.
Em fevereiro, o IEA Photovoltaic Power Systems Programme (IEA-PVPS) divulgou um relatório cobrindo como otimizar a integração da rede fotovoltaica.
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