Geração solar centralizada aumentou 32,7% em agosto

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As usinas solares centralizadas entregaram 32,7% mais energia ao Sistema Interligado Nacional em agosto, em comparação com igual  mês de 2023, com 3.420 MW médios gerados. Em agosto de 2023 foram 2.578 MW. Foi o crescimento proporcional mais expressivo na geração para este mês entre todas as fontes, embora a fonte ainda represente 4,8% da geração de energia total.

Ao todo, o SIN teve uma geração de 71.365 MW médios em agosto, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), 3,4% mais que os 69.043 MW médios em igual mês de 2023.

Com a forte seca no país, houve uma queda de 10% na produção das hidrelétrica, com 39.878 MW médios entregues ao SIN em agosto, ou 44% da geração total. A geração eólica e a geração térmica também aumentaram, com as fontes correspondendo a 22,6% e 16,7%, respectivamente, da energia gerada no mês.

O aumento da geração solar e eólica ocorre em meio a uma discussão sobre os cortes de geração renovável por restrições na rede de transmissão. Esse é visto como um dos principais desafios para o segmento no curto prazo. De acordo com a Absolar, desde o apagão ocorrido em agosto de 2023, os cortes de geração centralizada se tornaram mais frequentes, e podem chegar a 80% da geração prevista no caso de alguns geradores. Os cortes ocorrem principalmente durante o final de semana, quando o consumo tende a ser menor. A Absolar estima que os impactos acumulados dos cortes de geração impostos pelo ONS chegam a aproximadamente R$ 300 milhões.

Na semana passada, a Aneel abriu uma tomada de subsídios sobre as regras para apurar a restrição de operação por constrained-off de centrais geradoras fotovoltaicas com energia comercializada por meio de Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado por disponibilidade e de contratos de energia de reserva. Em setembro de 2023, a agência reguladora já havia publicado regras para ressarcimento de geradores por constrained-off, prevendo casos específicos para restrições acima do limite de 30 horas e 30 minutos por ano, por usina.

Fonte: CCEE.

Os dados são do Boletim InfoMercado Quinzenal, da CCEE, que aponta também um aumento de 3,1% no consumo de energia elétrica no Brasil em junho, na comparação com igual mês de 2023, para 68.532 MW médios, sendo que o ambiente de contratação regulado (ACR), aquele atendido pelas concessionárias de distribuição, cresceu 0,8% (39.607 MW médios) e o ambiente de contratação livre (ACL), onde estão autoprodutores e consumidores livres que negociam a energia diretamente com o fornecedor, cresceu 4% (27.977 MW médios), representando 44% do consumo no mês.

Com temperaturas menores em grande parte do país na comparação com agosto de 2023, os estados que registraram as maiores quedas no consumo foram Acre (9,3%), Mato Grosso (7,6%) e Piauí (4,9%). Entre as maiores altas estão Espírito Santo (10,2%), Maranhão (8,6%), Rio Grande do Sul (7,4%) e Amazonas (6,1%).

Entre os ramos de atividade, os maiores crescimentos foram de extração de minerais metálicos (10,4%), saneamento (7,7%), madeira, papel e celulose (6,7%) e manufaturados diversos (5,7%). As quedas foram registradas nos ramos de telecomunicações (4,3%) e têxteis (1,3%).

Este mês mais 2.533 unidades consumidoras migraram para o ACL, sendo a maior parte com demanda contratada até 0,1 MW médios.

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