A Elera Renováveis e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) fecharam um acordo pelo qual companhia sulista passará a deter 144 megawatts (MW) de capacidade do Complexo Solar Janaúba, localizado em Minas Gerais, com 1,2 GWp. A parceria, que segue o modelo de autoprodução por arrendamento, entra em vigor a partir de janeiro de 2025 e tem validade de 15 anos (até 2039).
A empresa gaúcha, responsável por prestar serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário a 317 dos 497 municípios gaúchos, é controlada desde 2023 pela Aegea Saneamento, que controla também a concessionária Águas do Rio, outra parceira da Elera em autoprodução.
“A autoprodução de energia desempenha um papel crucial na transição energética, promovendo um mercado mais robusto para as energias renováveis. Além disso, ao incentivar a produção própria de energia, estamos ajudando a diversificar e fortalecer a matriz elétrica, reduzindo a dependência de fontes não-renováveis e contribuindo para a sustentabilidade ambiental”, diz a diretora Comercial e de Marketing da Elera, Natascha Padis.
O setor de saneamento é tradicionalmente dependente de um alto consumo energético para o tratamento de água e efluentes. Por meio da adoção de fontes renováveis e da otimização de seus processos, empresas do setor buscam reduzir sua pegada de carbono, garantindo um fornecimento de água mais limpo e eficiente para a população, ao mesmo tempo em que contribuem para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) apontam que Brasil consumiu mais de 71,3 GW médios de energia no primeiro semestre de 2024, volume 6,8% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. De todos os 15 setores monitorados pela Câmara, o de saneamento teve o maior crescimento de consumo no período, um avanço de 40%, seguido pelo de serviços (24%) e pelo comércio (23%).
Entre as empresas que já firmaram contratos com a Elera para autoprodução de energia estão a Liasa, do setor de metalurgia; a Iguá, a Águas do Rio; a BRK, de saneamento; a Vivo, de telecomunicações; e outras.
A Elera é parte do portfólio da Brookfield Asset Management, que investe em 30 países, com cerca de US$ 1 trilhão em ativos sob gestão. No Brasil, a Elera conta com mais de 110 ativos renováveis e capacidade instalada aproximada de 3,6 GW, composta por hidrelétricas, complexos eólicos, solares e usinas a biomassa.
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