Deye anuncia fábrica no Polo Industrial de Manaus, a primeira fora da China

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A Deye, fabricante chinesa de inversores fotovoltaicos, baterias de armazenamento de energia e soluções para climatização, anunciou que o Polo Industrial de Manaus (PIM), no Amazonas, sediará sua primeira fábrica fora da China. O anúncio foi feito durante reunião na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) na última terça-feira (03/09). A escolha do local na nova fábrica se deve, em grande parte, aos benefícios fiscais e logísticos proporcionados pela Zona Franca de Manaus (ZFM).

A nova fábrica faz parte da estratégia global da empresa, que busca expandir sua capacidade de produção e regionalização. A expectativa da Deye é iniciar as atividades já no primeiro trimestre de 2025, começando com a montagem de baterias estacionárias de até 150 kWh e, em uma segunda etapa, a fabricação de microinversores, inversores string e híbridos.  O objetivo é tornar o preço das baterias mais competitivo, viabilizando uma maior penetração de sistemas de armazenamento no Brasil e na América do Sul.

Representantes da chinesa Deye.

Imagem: Deye

De acordo com o country manager da Deye para Brasil, Itália e Espanha, Thiago Gomes, “a nova fábrica possibilitará que fiquemos mais competitivos no mercado local, oferendo baterias até 30% mais baratas que as importadas.  Além disso, essa iniciativa reitera o compromisso da marca com o mercado brasileiro. Vamos estar ainda mais perto de nossos clientes do Brasil, um dos maiores mercados fotovoltaicos do mundo e onde somos líderes, reforçando a nossa credibilidade e a certeza que estaremos aqui para suporte técnico e garantia durante toda a vida útil dos equipamentos”.

Gráfico do Radar Solfácil mostra a Deye como líder em vendas em projetos de pequeno porte.

Imagem: Solfácil

O executivo cita que a Deye foi elencada pelo Radar Solfácil como líder de mercado, detendo 22% do market share de inversores. Gomes também compartilhou, durante entrevista à pv magazine, que a empresa vem comercializando seis mil baterias por mês, e que esse número segue em crescimento constante.

Gomes estima que durante a primeira fase serão abertos 200 postos de trabalho para profissionais brasileiros. Posteriormente, quando a produção dos inversores tiver início, o total de empregos diretos e indiretos alcançará mil postos, tanto na fabricação quanto na montagem dos equipamentos, somando-se aos 10 chineses que serão responsáveis pela gerência das áreas. A linha de montagem será ocupada inteiramente por mulheres.

Além da importação das células para as baterias de lítio, as máquinas que farão parte das duas linhas de montagem – a Surface Mount Device (SMD), ou Dispositivo de Montagem em Superfície, que conectam os componentes eletrônicos diretamente na superfície de placas de circuito impresso (PCBs) e a de Soldagem – também serão importadas da China. Ao mesmo tempo, a Deye está em fase de homologação de fornecedores nacionais para fabricar outras partes dos equipamentos, como gabinetes, parafusos, cabos, suporte e embalagem.

Durante a reunião na Suframa, estiveram presentes o superintendente da entidade, Bosco Saraiva, acompanhado do coordenador-geral de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da Autarquia, Arthur Lisboa, além de representantes da Deye como chefe de tecnologia global , David Ji; o vice-presidente global de Vendas, Alan Wu; o diretor financeiro, Rocky Murph; o country manager para Brasil, Itália e Espanha, Thiago Gomes; e o diretor de Operações da Deye para Brasil, Itália e Espanha, Caio Lentini.

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