A UCB Power começa a implementar em setembro o primeiro projeto a utilizar baterias de sódio para o armazenamento de energia em comunidades remotas. Desenvolvido em parceria com a Fundação Amazônia Sustentável, o sistema será implantado na Comunidade de Tumbira, beneficiando cerca de 140 ribeirinhos que vivem no local, localizada no município de Iranduba, Amazonas. A implantação começará em setembro e deve estar concluída e em operação até o final deste ano.
“É um projeto inédito em sistemas isolados no Brasil”, destaca o gerente de Projetos de P&D e Inovação da UCB, Marcelo Duque, responsável pelo lançamento. “O sódio é uma alternativa muito promissora, por ser uma matéria-prima abundante, de custo mais baixo do que outras fontes, além de tornar mais fácil a reciclagem das baterias”, complementa. Outra vantagem das baterias de sódio é que elas conseguem operar de forma eficiente em amplitudes térmicas maiores, fator importante para uma região predominantemente quente como Tumbira.
O projeto engloba a instalação de 16 baterias de sódio, de 48 volts e 50 amperes, capazes de armazenar o equivalente da 38,4 kWh. A energia armazenada ajudará a garantir energia para atender uma escola municipal, um posto de saúde e áreas comunitárias de lazer que atendem as cerca de 30 famílias que vivem no local. “Nossa meta com esse projeto é chegar a um custo operacional 30% menor em comparação a um sistema com baterias de lítio”, destaca Duque.
A UCB Power tem um histórico de desenvolvimento de projetos em comunidades remotas na Amazônia. “Iniciamos em 2019 e concluímos em 2020, de forma pioneira, a implantação de baterias de lítio no ambiente amazônico. Esses projetos estão alinhados com nosso compromisso social, como signatários do Pacto Global da ONU”, ressalta. Duque destaca que a ampliação de projetos como esse é muito importante, uma vez que as estimativas são de que a região da Amazônia Legal tem cerca de 900 mil pessoas sem acesso à energia.
Fabricação local de baterias de sódio
A UCB fabricará as baterias de sódio em Manaus, em sua fábrica localizada na Zona Franca. Além de ser uma alternativa interessante para comunidades remotas, a novidade tem um grande potencial de mercado, na avaliação do executivo. Ele estima que até 2030 cerca de 25% das baterias de lítio devam ser substituídas por baterias de sódio.
“O sódio é o sexto material mais abundante da Terra”, afirma Duque. Segundo ele, a depender do crescimento da demanda, a produção de baterias de sódio na fábrica de Manaus é facilmente escalável. No mundo, há projetos do uso das baterias de sódio em diversas aplicações, mas todos em fase de desenvolvimento. De acordo com Duque, empresas como a fabricante de motos KTM, a fabricante de aparelhos eletrônicos Samsumg e a fabricante de veículos Volkswagen são alguns exemplos de empresas que estão testando o uso da alternativa.
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