Foi realizada nesta terça-feira (20/08) a reunião que marcou o início das atividades do Projeto Estruturante de Baterias de íons-lítio, que será operacionalizado pelo Senai Paraná por meio do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, no Campus da Indústria, em Curitiba.
O projeto será desenvolvido ao longo de 3 anos e contará com recursos do programa Mover advindos do Senai Nacional e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Serão R$ 68,6 milhões destinados ao projeto, que também terá o apoio de Instituições parceiras como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), Lactec, Centro Técnico de Embalagens (Cetem) e Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados.
O pesquisador-chefe do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, Marcos Berton, ter uma indústria de produção de células de íons-lítio no Brasil poderia resultar na bateria com a menor pegada de carbono do mundo. “Hoje, a maior parte das baterias é produzida na Ásia, onde grande parte da energia utilizada emite grandes quantidades de gases de efeito estufa. O Brasil, por outro lado, tem uma vantagem competitiva do ponto de vista ambiental”, destacou.
Berton citou que o Brasil é um grande produtor de folha de alumínio, um dos principais componentes das baterias de lítio. No Brasil, segundo o pesquisador, para cada tonelada de alumínio produzida, emitem-se 3,8 toneladas de CO2. Enquanto a média mundial é de 11 toneladas de CO2 por tonelada de alumínio produzida. “Produzir os componentes, os insumos e a própria bateria no Brasil resulta em uma pegada de carbono muito baixa, o que é muito significativo. O Brasil pode se tornar um protagonista e um player global na produção de produtos com baixa pegada de carbono”.
Como próximos passos, a iniciativa irá montar a infraestrutura de equipamentos para iniciar a produção e o desenvolvimento dessas células “o mais breve possível”.
A iniciativa conta com o apoio de uma aliança industrial com a participação de 30 empresas de diferentes setores industriais, incluindo Petrobras, Stellantis, Volkswagen, GM, WEG, TUPY, CBA e CNH.
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