Fictor Energia investe R$ 194 milhões em oito usinas fotovoltaicas em Goiás com 44 MWp

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A Fictor Energia, divisão de infraestrutura e energia do Grupo Fictor, junto a uma joint venture com a WTT Participações, investe R$ 194 milhões em oito usinas de energia fotovoltaicas em Goiás com a previsão de geração total de 44 MWp. O primeiro projeto, a usina de Clima, localizada em Cocalzinho de Goiás (GO), no centro do estado e próximo à Brasília, acaba de ser inaugurado. Com investimento de R$ 6,5 milhões, a usina tem 1,4 MWp de potência instalada e geração de energia de 2,51 MWh por ano.

“É o nosso primeiro passo, de oito, na geração de energia limpa e na descarbonização que faremos no estado. Estamos muito felizes com a conclusão da Usina de Clima e com o que está por vir”, comenta o CEO do Grupo Fictor, Rafael Gois. Ele lembra que o complexo de Usinas de Presidente Epitácio (SP) e a Usina de Autazes (AM) são outros projetos em operação dentro da joint venture entre a Fictor Energia e a Enerwatt WTT que somam uma capacidade total de 57,69 MWp.

Rafael Gois, CEO do Grupo Fictor

Imagem: Grupo Fictor

A criação do cluster de Goiás é recente – surgiu em setembro de 2023 – trazida pela companhia goiana Enerwatt, empresa controlada pela WTT Participações. A Enerwatt possui especialização e experiência de 18 anos no mercado e mais de 5 mil MW em projetos de geração, transmissão e distribuição. “Vimos uma oportunidade de negócios importante e fizemos a aquisição do projeto, que estava em seus primeiros passos, com outra companhia”, conta o diretor comercial da Enerwatt / WTT, Renato Amaral.

Renato Amaral, diretor comercial da Enerwatt/WTT

Imagem: WTT Participações

Com a entrega da energia a cargo da distribuidora Equatorial, na ponta do cluster estão duas gestoras de créditos de energia associadas ao projeto como offtakers, em contratos de 20 anos, a Matrix e a Nextron. Dentro desse modelo, as usinas são alugadas para uma cooperativa de propriedade da gestora de créditos de energia, na qual se agrupam os seus clientes. Tendo como público-alvo os consumidores B3, classe comercial, que consomem 645 GWh/ano.

Do investimento no cluster, R$ 164 milhões foram levantados por meio de debêntures para aquisição de bens de capital e pagamento de despesas financeiras e pré-operacionais dos projetos e o restante, R$ 30 milhões, é do próprio caixa da companhia.

Assim como a primeira planta do cluster, as usinas devem contar com a padronização de equipamentos de alta qualidade e eficiência, como módulos de 690 W da Risen Energy e inversores de 350 kW da Sungrow, podendo ser também utilizados inversores da Huawei. Na Usina de Clima, os módulos foram instalados sobre estruturas fixas de solo, mas as demais usinas com tempo de conexão mais longo, devem utilizar trackers, garantindo a máxima geração de energia.

Usinas fotovoltaicas do Grupo Fictor Energia em Goiás

Imagem: Fictor Energia

Além de Usina de Clima, para este ano ainda estão previstas mais duas plantas fotovoltaica no segundo semestre: a UFV Futuro II, em Águas Lindas de Goiás, cujo investimento será de R$ 30,4 milhões e com potência instalada de 7,1 MWp, e Mundo Melhor II, localizada em Professor Jamil, com investimento de R$ 13,1 milhões e potência instalada de 2,8 MWp.

Já para 2025, estão previstas no cluster as unidades de Parabéns I (Pirenópolis), Novel (Inhumas), Caminho Aberto (Uruaçu), Beleza (na cidade de Padre Bernardo) e Futuro I (Bela Vista de Goiás).

Essas localidades foram estrategicamente escolhidas pela alta disponibilidade de irradiação solar, com valores em torno de 5 kWh/m²/dia. O que indica um recurso de incidência quase 70% superior aos 3 kWh/m²/dia correspondentes à média solar da Alemanha – o país com maior capacidade energética por instalação fotovoltaica per capita no mundo.

Com a conclusão do cluster no final deste ano as empresas terão um total de 44 MWp em Goiás que gerará aproximadamente 78 mil MWh de energia por ano. “É um volume de geração de energia fotovoltaica substancial. Queremos abrir uma nova perspectiva para os consumidores goianos, como os empresários do agronegócio, de que é viável e importante trabalhar com energia limpa, sustentável e que beneficia o meio ambiente ao reduzir emissões de carbono”, afirma o diretor de Energia e Infraestrutura do Grupo Fictor, Abelardo Sá.

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