Bahia prepara plano de fomento à energia solar

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Além de ser o segundo estado com mais capacidade acumulada de geração solar centralizada, com 2,4 GW, e o oitavo na geração distribuída, com 1,3 GW, a Bahia também atraiu investimentos na cadeia produtiva de energia fotovoltaica ao longo dos últimos 12 meses, com a fábrica de seguidores fotovoltaicos da Trina Tracker, e os acordos com a Homerun Resources para produção de vidro fotovoltaico e com a Si&Mex Solutions para produção de módulos.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, Angelo Almeida, respondeu aos questionamentos da pv magazine sobre o tema e adiantou que uma Comissão especial do Estado prepara um Plano Estadual de Fomento à Geração e Aproveitamento de Energia Solar.
Bahia tem um plano para a atração de investimentos na indústria fotovoltaica? 
Uma das iniciativas do Governo do Estado da Bahia, por meio desta SDE, encontra-se no desenvolvimento de um Decreto que versa sobre a elaboração, implementação e acompanhamento de um Plano Estadual de Fomento à Geração e Aproveitamento de Energia Solar. Este Plano será elaborado por uma Comissão Especial, objetivando o planejamento das ações de promoção, fortalecimento e consolidação da geração e utilização da energia solar fotovoltaica, centralizada ou distribuída, para micro, minigeração e para autoconsumo, englobando empreendimentos particulares e públicos, bem como das ações de fomento à pesquisa científico-tecnológica na área de energia solar.

Esses investimentos recém anunciados/realizados (no caso da Trina) têm um envolvimento ativo do estado? 
O Estado da Bahia possui um compromisso com o fomento e a prospecção de novos empreendimentos no setor de Energias Renováveis. A assinatura do protocolo de intenções para implantação da fábrica da Trina Tracker é um exemplo do sucesso dessa estratégia, que visa atrair os maiores players do mercado para o nosso estado, seja de forma direta ou indireta. Isso ocorre, pois, uma das principais vantagens competitivas que a Bahia oferece é a sua robusta carta de incentivos fiscais, que torna o estado um destino altamente atrativo para investimentos em Energias Renováveis. Além disso, a localização estratégica da Bahia, com abundância de recursos naturais como sol e vento, e a infraestrutura em constante desenvolvimento, consolidam o estado como um polo de excelência para o setor.

Qual é a visão/oportunidade para atrair essa indústria? Existe uma estimativa de geração de investimentos/empregos e outros indicadores?
Sabemos que o mercado de geração de energia elétrica por fonte solar fotovoltaica na Bahia tenderá a crescer ainda mais nos próximos anos. Em estimativas realizadas com base em dados disponibilizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em sua base pública, a previsão é de que até 2030 haverá cerca de 563 empreendimentos em operação no estado, para a fonte solar fotovoltaica, isso equivale a uma potência instalada de aproximadamente 25 GW e um investimento estimado em mais de R$ 89 bilhões. Tratando-se da geração de empregos, diretos e indiretos, com base em projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), podemos aplicar o seguinte parâmetro, onde, para cada MW de potência instalada são gerados cerca de 30 empregos em toda a cadeia produtiva. Neste sentido, estima-se que o crescimento deste setor até o ano de 2030 tem a capacidade de gerar mais de 748 mil empregos diretos e indiretos. É importante salientar que, tanto o investimento, quanto a capacidade de geração de empregos são estimativas, que visam simular da melhor forma possível o comportamento deste setor, portanto, estão sujeitos a variações.

Como o governo estadual pode ajudar a tornar investimentos na cadeia produtiva solar mais competitivos?
Através da implementação de políticas públicas eficazes, o Governo do Estado da Bahia busca de forma contínua reforçar no estado um ambiente favorável para o desenvolvimento do setor de Energias Renováveis, impulsionando a competitividade e atraindo novos investimentos. No que diz respeito a cadeia produtiva do setor solar, podemos citar novamente como exemplo o Plano Estadual de Fomento à Geração e Aproveitamento de Energia Solar, sendo uma iniciativa que contemplará ações que abrangem desde a micro e minigeração até grandes empreendimentos, tanto no setor público quanto no privado, com impactos positivos para a cadeia produtiva.

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