Seguindo uma diretriz da matriz na França, a GreenYellow no Brasil passou a mapear as oportunidades de apoiar a transição energética na mineração, adaptando as estratégias para o cenário local. A companhia vem trabalhando um pipeline de oportunidades com empresas do setor, que têm a necessidade de descarbonizar suas operações por pressão dos stakeholders. Há uma especial oportunidade de atender minas que operam fora da rede interligada, na região Norte do país, e dependem de geração à diesel ou aquelas que estão afastadas dos centros de consumo, no final da rede de distribuição.
“Nosso propósito é acelerar a descarbonização dos nossos clientes e isso é uma necessidade grande da atividade de mineração, que é um mercado que tem um impacto ambiental, que está muito atento para a necessidade de transição e que também é muito intensivo em capital para o seu core business. Como trazemos a solução financeira, isso traz atratividade para o nosso modelo de negócios”, disse o diretor Comercial e de Inovação da GreenYellow, Marcelo Varlese, à pv magazine.
No pipeline de desenvolvimento da empresa, foram identificados 70 MWp de oportunidades junto à mineradoras, a serem instalados no próprio local de consumo, não necessariamente no modelo de compensação de energia. A ideia é dimensionar os sistemas não para atender toda a necessidade de consumo das empresas, mas para diminuir o consumo de diesel ou até de energia comprada no mercado livre.
“A mineradora é um consumidor eletrointensivo, a grande maioria está já no mercado livre. Então estamos concorrendo com a tarifa do ML, que está atualmente muito baixa”, comenta Varlese. “A mineração tem o driver do preço, mas ao mesmo tempo temos visto que para muitos, se ficar no zero a zero [na comparação entre geração própria local e mercado livre], vai para a solar, para cumprir metas e comprovar o consumo mais facilmente.”
Ele adiciona que mais de 90% dos potenciais clientes de mineração mapeados já estão no mercado livre, mas que a geração própria no local do consumo é a forma mais confiável de comprovar a origem da energia renovável. “Então a maior parte, se consome 100 MW, vai instalar um sistema de 10 MW, 20 MW de geração distribuída, no que chamamos de sistema behind the meter, ou grid zero, para reduzir um pouco do que ele compra no ML e ter alguma geração local”, explica.
Além dessas, há as mineradoras que exploram minas, principalmente no Norte do país, que estão isoladas, em regiões de floresta densa, cujas operações ainda dependem de gerador a diesel. Outra oportunidade, aponta Varlese, é a instalação de solar flutuante nas lagoas de rejeitos da mineração.
A companhia espera fechar os primeiros contratos para o segmento até o final do ano.
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