Absolar e Apex Brasil preparam cooperação técnica para atração de investimentos na indústria solar

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A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e a Absolar estão preparando um convênio de cooperação técnica para atrair projetos de investimento em empresas brasileiras que queiram fechar parcerias com empresas chinesas, disse o diretor de chefe da divisão de investimentos da agência, Carlos Padilla. Ele participou de um evento promovido pela associação em parceria com a CPIA, que representa a indústria fotovoltaica chinesa.

Para o country manager da Trina Solar no Brasil e Conselheiro Fiscal da Absolar, Daniel Pansarella, defendeu que é necessário primeiro desenvolver os insumos para conseguir atrair a indústria de fabricação para o país. “Para trazer uma indústria para o Brasil precisamos primeiro de uma indústria de base, ter o vidro, o silício, a célula”, comentou. Ele adicionou que a Trina sempre avalia a oportunidade de fabricação local, inclusive investindo em uma fábrica de trackers localizada na Bahia. “A gente gostaria de participar [do desenvolvimento da fabricação de painéis], mas nesse momento ainda não é viável”, disse.

A diretora de Estratégia e Inteligência da Invest SP, Marília Garcez, disse que o governo estadual estuda a possibilidade um empreendimento de beneficiamento de quartzo na região portuária de Santos, com o estabelecimento de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no porto de Santos, de onde atualmente é exportado o  minério bruto. A ideia seria transformar o quartzo em silício mono ou policristalino para exportação, aproveitando a vantagem da matriz elétrica limpa que agregaria valor sustentável ao insumo.

Padronização e qualidade

Os representantes da CPIA presentes no evento apontaram a intenção de aprofundar o relacionamento e cooperação entre os países incluindo a definição de parâmetros, medidas e regulamentação comuns entre os dois mercados, para aumentar a eficiência dos produtos, com algum nível mínimo de padronização, o que também levaria uma economia de custos com testes de qualidade. Eles também mencionaram a intenção de destinar investimentos para centros de pesquisa e desenvolvimento no país. A CPIA representa 850 associados, entre os quais 50% do segmento de manufatura.

“É necessário nivelar por cima a qualidade dos módulos. O Inmetro fazendo uma validação da potência dos módulos, provocando no mercado a atenção com produtos de baixa qualidade”, adicionou Pansarella.

 

 

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