Um balanço realizado pelo time de homologação da integradora mineira SolarVolt identificou que 3 GW de contratos já assinados foram classificados pela concessionária Cemig como sistemas que causariam inversão de fluxo de potência na rede e se tornaram inviáveis para os clientes do varejo, como são chamados pela internamente os projetos de até 1 MW. A queda de 70% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado, levou a empresa a acelerar ainda mais a expansão geográfica para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, onde já atuava de forma pontual. A meta agora é “pisar no acelerador” para expandir a área comercial e o número de coordenadores regionais e atingir 200% de crescimento até o fim o ano.
As vendas no varejo, segmento que até então era um dos carros-chefes da empresa, deram lugar a construção de usinas de investimento na modalidade de GD remota. O CEO da SolarVolt, Gabriel Guimarães, explica que a meta para a segunda metade do ano é de outros 45 MW instalados.
“Fomos muito bem nesse segmento e registramos vendas na casa dos 65 MW no primeiro semestre, um crescimento de 360% em comparação com o mesmo período do ano passado. Trabalhamos tanto em projetos de full turn key, onde eu forneço todos os equipamentos, materiais, engenharia e instalação quanto em projetos onde nossos clientes – os investidores que desejam colocar a usina em pé – fornecem a curva A e B, módulo, inversor e estrutura e a parte de conexão à rede. Nesse cenário, que é a maior parte dos projetos, todo o resto de fornecimento é nosso, além de engenharia e instalação”, explica.
Outra área foco para a SolarVolt é a de autoprodução para clientes que desejem instalar sistemas fotovoltaicos em telhado em grandes áreas, seja em grid zero ou conectado à rede da concessionária. “Estamos acelerando essas instalações e nossa meta é finalizar o ano com pelo menos 10 MW instalados nesse segmento”, explica o CEO.
No ano passado, a empresa foi responsável pela construção da maior usina fotovoltaica instalada em telhado da América Latina para a Tambasa Atacadista. Com 55 mil metros quadrados e 3,5 MWp de potência instalada, o empreendimento conta com 10 mil módulos fotovoltaicos que geram cerca 400 mil kWh mensais, o suficiente para abastecer cerca de 1.400 casas com consumo médio de 300 kWh/mês. Mas a intenção da SolarVolt é bater esse recorde, por meio de uma usina ainda maior. “Estamos negociando uma usina de 4 MW em telhado, em São Paulo. Em breve vamos divulgar mais essa conquista”, adianta Guimarães. A expectativa da SolarVolt é projetar e construir uma usina de geração centralizada até o fim do próximo ano.
O executivo explica para esse ano e até o primeiro semestre do ano que vem, haverá uma corrida para colocar em pé os projetos com pareceres disponíveis para os participantes da micro e minigeração distribuída nas modalidades GD e GDI. “Os investidores estão buscando esses projetos disponíveis para acelerar as conexões. Acreditamos que até 2025 ainda vamos ter um mercado interessante para usinas voltadas à geração compartilhada”, comenta.
À medida que os pareceres de acesso para sistemas em GDI desaceleram, o mercado começa a olhar as oportunidades da GDII que, em alguns estados, por conta da queda do capex dos equipamentos, ainda podem ser interessantes.
Crescimento da Mobilidade elétrica
De acordo com dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a frota nacional de eletrificados chegou a 300 mil unidades com os veículos plug-in se consolidando como responsáveis por 69% das vendas de janeiro a junho. O mês de fechamento do 1º semestre, registrou 14.396 emplacamentos, o terceiro melhor mês histórico. Segundo a ABVE, até o fim do ano o país contará com um novo recorde de vendas de mais de 150 mil veículos eletrificados.
Atenta a esse cenário exponencial, a SolarVolt anunciou em julho do ano passado o início das operações da Voolta, sua spin off com foco em mobilidade elétrica com foco em carregadores veiculares para instalações residenciais, em concessionárias de VEs e também em eletropostos. “Assim como aconteceu com o mercado de energia solar no Brasil, o ‘boca a boca’ impulsionado pelos consumidores que fizeram a aquisição de um carro elétrico, vai chamando a atenção de cada vez mais gente e o segmento tende a crescer de maneira exponencial. Assim, com mais de três mil projetos fotovoltaicos executados, a intersecção com o solar é a porta de entrada para acelerar as vendas de carregadores”.
Além disso, a Voolta também tem feito parceria com as concessionárias para indicação de compra e instalações de novos pontos de recarga. E a estratégia vem dando certo, o primeiro semestre do ano apresentando um crescimento de 320% de crescimento na comparação com o mesmo período do ano passado.
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