A Solfácil, ecossistema de soluções solares que oferece financiamento, distribuição de equipamentos, monitoramento de sistemas solares, seguro e programa de benefícios para instaladores do setor, inaugurou na última quinta-feira (04/07) seu novo centro de distribuição em Jundiaí, interior de São Paulo, com investimento de R$ 200 milhões, que promete oferecer os kits com embalagens de qualidade superior e eficiência operacional.
Com 14.700 mil m², a nova estrutura – assim que verticalizada – terá capacidade de armazenar até 100 MW em equipamentos entre inversores on-grid e híbridos, baterias, carregadores veiculares e miscelâneas e produzir 800 kits fotovoltaicos por dia em três turnos. Tudo isso para para otimizar a logística da empresa, reduzindo o prazo médio de entrega na região Sudeste em quase 50%, de 11 dias úteis para seis dias.
De acordo o COO da Solfácil, Brainer Martins, como a operação está apenas começando, o novo CD vem trabalhando em apenas um turno, despachando em torno de 100 kits por dia. Mas a intenção é ampliar esse volume, de acordo com a demanda, já que a expectativa da empresa é crescer 43% este ano. “Esperamos verticalizar o estoque em nosso novo CD o mais breve possível”, explica.
Entre as marcas distribuídas pela empresa, as principais de módulos são Astronergy e Hanersun. Já os principais parceiros em inversores são Goodwe e Growat. Já no segmento de microinversores, a empresa já comercializa os modelos da Deye e incluirá em seu portfólio a nova linha de microinversores da Goodwe, a serem lançados em breve com alguns parceiros da Solfácil rodando os testes com o novo equipamento. Os inversores híbridos e as baterias de armazenamento também são da Goodwe, que de acordo com a empresa, são líderes mundiais nesses mercados. “A partir do momento em que há uma queda de energia, a entrada das baterias é quase que instantânea, ao contrário de outras soluções onde a carga armazenada inicia entre 3 e 4 segundos”, explica Martins.
O foco da Solfácil são sistemas de baixa potência voltado a soluções residenciais, com projetos entre 10 e 12 kW, nicho impulsionado pelas soluções de financiamento oferecidas pela empresa. “Mas atendemos o mercado como um todo, trabalhando desde um microinversor de 2 kW até inversores de 250 kW para atender grandes usinas”, relata o COO. Além disso, a empresa também oferece carregadores veiculares da Godwee, de 7, 11 e 22 kW.
A novidade chega após um ano do lançamento do centro de distribuição de 6.200m² em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, no qual a empresa investiu R$ 100 milhões, visando otimizar a logística e entrega na região Norte. Esse investimento permitiu uma redução de 30% no prazo de entrega.
Financiamento alavanca vendas
O evento de inauguração do novo Centro de Distribuição contou com a presença de mais de 100 integradores e ofereceu palestras voltadas aos parceiros. O fundador e CEO da Solfácil, Fábio Carrara, explicou em sua apresentação que dos 90 milhões de consumidores de eletricidade do país, apenas 3% já faz uso da luz do sol para produzir energia limpa.
“Mesmo com 93% dos brasileiros pretendendo adquirir um sistema de energia solar e com 63% da população habitando em casas – no total de 63 milhões de moradias – apenas 13% dos cidadãos possuem dinheiro guardado. Por isso, o financiamento entra como uma oportunidade de investimento no médio prazo. Um sistema solar tem vida útil de 25 anos e, com um payback de cinco anos, por exemplo, é possível produzir energia completamente gratuita ao longo de 20 anos. É um investimento em um benefício eterno”.
Pontos estratégicos para os integradores
Carrara ainda afirmou em sua apresentação que a queda dos preços dos painéis, mesmo com maior relevância dos custos logísticos, dá maior espaço para fazer cross sell de outros produtos, como carregadores para VEs ou armazenamento de energia por meio de baterias, por exemplo.
“O preço das baterias teve uma queda de 50% no último ano e nos próximos cinco ou seis anos, a China terá mais capacidade de produção do que a demanda mundial. Ou seja, a tendência deve continuar e as baterias ficarão cada vez mais viáveis.”, explicou o CEO.
Ainda de acordo com o executivo, “em uma matemática simples, se você jogar R$ 1 real de energia na rede, a concessionária vai te dar de crédito R$ 0,85. Ou seja, você está pagando R$ 0,15 pela energia que vai para a rede. Então você se você somar os R$ 0,10 para produzir a energia e o que se paga para a concessionária, já são R$ 0,25. Ao memo tempo, mantendo os R$ 0,10 de produção de energia mais R$ 0,30 do custo da bateria, o valor fica mais próximo. Ou seja, a bateria já está mais barata e ficará cada vez mais viável e o integrador que se antecipar, aprender a vendas as baterias e a dimensionar, vai ter uma vantagem competitiva importante”, finaliza Carrara.
A empresa se prepara para anunciar durante a Intersolar um novo produto financeiro que trará ainda mais oportunidade de vendas para os integradores.
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