A CTG Brasil está desenvolvendo um projeto pelo Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do setor elétrico (PDI) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para um sistema de armazenamento de energia em baterias em geração distribuída, que contará com a construção de um laboratório de armazenamento eletroquímico de energia conectado a uma pequena usina solar fotovoltaica de 500 kWp e aproximadamente 900 módulos solares da JA Solar nas instalações da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira, localizada no rio Paraná, entre os municípios de Ilha Solteira e Selvíria.
O projeto está sendo realizado junto ao Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), braço de inovação do SENAI Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte.
A expectativa é que a usina fotovoltaica gere energia elétrica equivalente ao consumo de mais de 380 residências. Já a capacidade de armazenamento de energia das baterias é de 100 kWh, que foi projetada de acordo com os estudos planejados para o laboratório. A princípio a energia gerada atenderá somente ao consumo da CTG Brasil dentro da área de cobertura da distribuidora local. No entanto, formas complementares de utilização da energia gerada serão avaliadas.
O total investido será de cerca de R$ 15 milhões, sendo mais de R$ 12 milhões da CTG Brasil através do PDI e os demais de recursos da Plataforma Inovação para a Indústria do SENAI e de contrapartidas do ISI-TICs/SENAI Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte. O projeto será desenvolvido em 18 meses. A obra será iniciada no segundo semestre de 2024 e acabará até o primeiro semestre de 2025.
“Este projeto da CTG Brasil é um passo importante para impulsionar a geração limpa e reduzir o custo da eletricidade, pois desenvolverá soluções com baterias para aumentar a flexibilidade de geração e estabilidade do sistema”, afirma o diretor de desenvolvimento de negócios e PDI da CTG Brasil, Sergio Fonseca.
De acordo com o diretor de novos negócios da Thymos Energia, Jovanio Santos, “o projeto é inovador e contribui muito para o desenvolvimento de um mercado de serviços ancilares no Brasil, complementares aos produtos tradicionais de energia e capacidade. Vamos desenvolver um case importante que será testado na prática e nos dar subsídios para contribuir com a construção de uma regulação para esses recursos”, afirma.
Os estudos técnicos, que serão conduzidos junto ao ISI-TICs/SENAI Pernambuco, Thymos Energia e Wisebyte, avaliarão como sistemas de baterias, que têm um enorme potencial de usos, podem contribuir com fontes não despacháveis através do aumento da flexibilidade da geração, fornecimento de serviços ancilares, controle de oscilações na rede, e outros serviços.
O projeto também fará o desenvolvimento de sistemas computacionais que utilizará tecnologias de inteligência Artificial para indicar melhor relação custo-benefício para a implantação Utility Scale Battery (USB) nos ativos de geração hidrelétricos, eólicos ou solares. Por fim, os estudos contribuirão para o desenvolvimento da regulação e dos procedimentos para utilização de baterias em larga escala no sistema elétrico brasileiro.
Essa planta funcionará ainda como um laboratório de treinamento, uma miniusina do Complexo Solar de Arinos da CTG Brasil, atualmente em construção no estado de Minas Gerais. Assim, esse projeto de P&D servirá futuramente como uma unidade de treinamento para as equipes técnicas da CTG Brasil, permitindo que eles realizem a testes e simulações, de novos tipos de equipamentos como parte de sua capacitação. Atualmente, a CTG Brasil conta com investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, tornando-a uma das líderes em geração de energia do país com 9.3 GW de capacidade instalada e em construção.
O diretor-geral do SENAI, Gustavo Leal, destaca que o projeto da usina solar é uma das iniciativas resultantes do acordo de cooperação de cinco anos entre a instituição e a CTG Brasil para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em energia. “Identificada a demanda da CTG Brasil, mobilizamos diferentes ecossistemas e instituições de base tecnológica nacionais e internacionais, incluindo nossos Institutos de Inovação, para desenvolver a solução”, explica.
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