As usinas de energia com sistemas de armazenamento em grande escala oferecem uma variedade de modelos de negócios. No que é conhecido como arbitragem energética, os operadores geram receitas através da negociação de eletricidade no mercado de curto prazo, consumindo a energia em momentos de preço baixo e vendendo em momentos de preço alto.
As centrais híbridas são particularmente adequadas para formas versáteis de comercialização, porque a eletricidade é produzida a baixo custo utilizando o sol ou o vento – ou ambos combinados, o que é vantajoso devido aos tempos de produção complementares e redução de custos -, e o sistema de armazenamento em grande escala associado permite que seja disponibilizado e comercializado na bolsa de energia.
No Brasil, alguns exemplos são os projetos Sol de Brotas, da Statkraft, e Solar Babilônia Centro e Solar Babilônia Sul, da Casa dos Ventos. A Statkraft investirá R$ 926 milhões para a implantação do complexo Sol de Brotas, no interior da Bahia, que vai transformar dois empreendimentos eólicos já existentes na região, Ventos de Santa Eugênia e Morro do Cruzeiro, em complexos híbridos, com a inclusão da geração solar e sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS). Juntos, eles terão capacidade de 275 MW. Já a Casa dos Ventos pretende iniciar no final do ano a construção de dois projetos solares que somam 300 MW, associados a dois complexos eólicos também na Bahia.
Os projetos se beneficiam da regulação de projetos híbridos e associados no Brasil, que possibilita o compartilhamento de infraestrutura de transmissão. Entretanto, os modelos de negócios com baterias ainda são limitados no país, com a expectativa de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publique até o final do ano uma regulamentação sobre as funções que o armazenamento de energia poderá desempenhar para o sistema elétrico, como por exemplo a arbitragem de energia.
Em outros mercados, a eletricidade é armazenada quando o preço é baixo, quando é produzida muita eletricidade renovável, quando a rede pode estar sobrecarregada ou quando os sistemas correm o risco de serem interrompidos. O sistema elétrico brasileiro, com uma participação cada vez maior de fontes variáveis de geração, tem uma necessidade crescente de flexibilidade, que poderia ser atendida pelas baterias.
As oportunidades e modelos de negócios envolvendo usinas híbridas renováveis e com baterias serão debatidos na próxima quarta-feira durante a Intersolar Europe, que acontece nesta semana em Munich, Alemanha, no painel Usinas Fotovoltaicas Híbridas I: Fornecendo Geração Flexível para o Sistema Energético.
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