Geração compartilhada pode democratizar acesso a energia renovável, defende Lemon

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Segundo pesquisa realizada pela Rede Favela Sustentável sobre a pobreza e a injustiça energética em comunidades, em um grupo de 1.200 domicílios (4.164 pessoas) de 15 favelas do Grande Rio, mais de mil pessoas sofrem com o custo da conta de luz no orçamento familiar.

Os resultados da pesquisa “Eficiência Energética nas Favelas”, publicada em 2023, revelam o peso da energia no orçamento das famílias que moram em favelas. Do grupo que respondeu, 55,2% se encontram abaixo da linha da pobreza. Das famílias respondentes, 31% disseram que comprometem uma parcela desproporcional do orçamento familiar com a conta de luz. E 69% gastariam mais com comida caso a tarifa fosse diminuída.

Levantamento recente do Instituto Pólis também confirma esse cenário: um em cada três brasileiros entre os mais pobres deixam de comprar comida para pagar luz. Segundo pesquisa do Instituto, 36% das famílias gastam metade de sua renda mensal com eletricidade. Fazendo um recorte para população mais pobre, que tem renda familiar de até um salário-mínimo, 30% deixam de comprar alimentos básicos como arroz, feijão, café e açúcar, ou reduzem o consumo desses itens, para conseguir pagar os gastos com energia elétrica.

Os dados reforçam a tese defendida pela Lemon de que ampliar a GD compartilhada é um meio de democratizar o acesso principalmente à energia solar, uma vez que as pessoas não precisam fazer grandes investimentos. “A modalidade de geração compartilhada, em especial, para pessoas de baixa renda, em suas casas ou em pequenos empreendimentos, permite gerar sua própria energia de modo mais econômico e sustentável”, diz o responsável pela área de Assuntos Regulatórios, Políticas Públicas e Comunicação Institucional da Lemon, Zé Gustavo.

Segundo a ONG Revolusolar, que possui uma parceria com a Lemon, é importante a participação de incentivos políticos para ajudar na instalação de placas solares ou telhados solares em comunidades para levar energia renovável para essas famílias.

Lemon conecta essas empresas a créditos gerados pela injeção da energia de usinas solares, o que além de contribuir para reduzir a emissões de gases que causam o efeito estufa, traz um desconto na conta de luz dos clientes.

A startup já possibilitou uma economia de R$ 13,5 milhões e evitou a emissão de 42 mil toneladas de CO2 na geração de eletricidade com seus mais de 10 mil clientes nos últimos quatro anos.

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