Como adiantado na abertura do Especial Inversores da pv magazine, as fabricantes de inversores se prepararam para atender novas especificações e tendências no mercado brasileiro. A chinesa Growatt anunciou sua entrada no mercado de MLPE (Module-Level Power Electronics ou eletrônica de potência no nível do módulo) passando a ofertar um novo microinversor ao mercado brasileiro. Além disso, se antecipou à Portaria 515/2023 do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), anunciando na Intersolar de 2023 a atualização de toda família de inversores para a linha chamada X2, que já conta com a integração do sistema de interrupção de falha de arco elétrico ou AFCI (Arc-Fault Circuit Interrupter). A empresa também está preparada para a comercialização de novos inversores híbridos com bateria e carregadores veiculares.
De acordo com a consultoria IHS Markit, a Growatt é líder no mercado global em inversores residenciais e, segundo o ranking de market share da e-PowerBay, também é número um do segmento no Brasil, além da marca mais lembrada pelos integradores no mais recente estudo da Greener. A empresa também vem ampliando participação de mercado em C&I (comércio e indústria).
“Por sermos líderes no mercado residencial string em nível global, nossa entrada no segmento de MLPE busca oferecer uma gama completa de soluções para sistemas fotovoltaicos”, explica o gerente sênior de marketing de produtos da Growatt, Silvio Robusti, ressaltando que o Microinversor Growatt NEO2000M-X de 2 kW e 4 MMPTs já está disponível no mercado brasileiro e que três distribuidoras já fecharam acordo para sua comercialização.
Para a Growatt, um grande diferencial dos inversores MLPE da marca são as duas possibilidades de comunicação. Além do Wi-Fi, o equipamento também possui comunicação por rádio, uma tecnologia mais adequada para comunicação em grandes distâncias e que funciona a partir de um transmissor e um receptor com capacidade de ultrapassar paredes.
Robusti esclarece que o mercado de inversores string ainda é maior do que o de microinversores. “Ao mesmo tempo que o microinversor é em geral mais caro e mais difícil de instalar do que um modelo string, sua geração é mais eficiente, isso porque quando há um bloqueio ou uma nuvem em apenas um módulo, só aquele módulo terá redução de potência e não todo o sistema, porque os demais painéis vão manter a potência máxima. Além disso, o retorno do investimento de um microinversor pode ser até maior do que o de um modelo string”, explica.
O futuro é híbrido
A Growatt fornece soluções fotovoltaicas para sistemas solares residenciais, comerciais e industriais e grandes usinas nas modalidades on grid, off grid e híbrido, com capacidade variando entre 0,75 kW e 253 kW, além da plataforma de monitoramento online (OSS).
“No mercado residencial, acreditamos que ainda é vantajoso instalar sistemas on grid, isso porque o consumo não costuma ser muito grande no horário de maior geração de energia, entre 11 e 14 horas, e todo esse excesso vai ser conectado na concessionária e gerar créditos”, explica Robusti.
Já o uso de sistemas off grid é mais recomendado para áreas rurais ou desconectadas da rede, sem a preocupação de exportar, porque é possível direcionar a geração para bombeamento ou outro sistema de produção durante o dia, por exemplo.
“O mercado de sistemas híbridos ainda é pequeno no país, justamente pelo custo que é quase o dobro do valor de um sistema on grid por conta da bateria que ainda é cara. Mas em alguns cenários, como uma farmácia, por exemplo, que não pode ficar sem freezer, é a melhor opção”, comenta o executivo da Growatt.
Atualmente a Growatt possui duas famílias de inversores híbridos. A primeira é o inversor híbrido pronto para bateria, cujo preço é semelhante a um inversor on grid. Robusti explica que “todos os indicadores apontam que o preço das baterias deve cair pela metade nos próximos cinco anos. Por isso, esse sistema é a opção para quem pensa em adquirir uma bateria no futuro para armazenar energia e, para isso, basta reconfigurar o sistema do inversor no momento da aquisição”. O modelo battery ready da Growatt precisa ser integrado necessariamente com uma bateria de armazenamento da marca.
A outra família de inversores híbridos da Growatt é a que já vem com bateria da marca. Trata-se de uma família de bateria de lítio, ferro e fosfato, voltada para baixa e alta tensão, para o segmento residencial e para C&I, só muda a potência em kWh da bateria, que vai de módulos de 5 kWh até 15 kWh.
O modelo Growatt SPH 10000 kW, por exemplo, é um híbrido convencional, mas conta com algumas características interessantes, como a capacidade de receber o dobro de potência dos módulos porque todo o excedente vai para a bateria. “Esse modelo consegue controlar e garantir que a bateria esteja sempre carregada e só depois que isso acontece, há a injeção na rede. Além disso, esse inversor é mais flexível, já que pode ser integrado a baterias de outros fabricantes e pode ser utilizado até com bateria de chumbo ácido. E, mesmo sendo indicado para uso residencial, esse inversor também consegue realizar o controle do diesel para quem eventualmente precisar”.
Outro lançamento da empresa são os carregadores de carro elétrico da linha Thor com corrente alternada com as opções de 7 kW e 11 kW. Já o carregador de VEs de corrente contínua tem potência de 40 kW e empresa estuda lançar o de 60 kW no Brasil.
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