A Fictor Energia, divisão do Grupo Fictor para investimentos e desenvolvimento de projetos de energia renovável anuncia as diretrizes de seu plano de investimentos da em energia renovável da ordem de mais R$ 1 bilhão até o final 2025. O objetivo é construir usinas fotovoltaicas de geração distribuída, com foco no retorno de investimento, além da aposta na hibridização de usinas, integrando a geração solar das termelétricas a diesel, já existentes.
Imagem: Fictor Energia
Só no ano passado, a empresa aportou R$ 50 milhões e concluiu em novembro de 2023 o Projeto Beira Rio, uma usina fotovoltaica de 5 MW com trackers, construída em três meses pela Enerwatt Energia no município de Presidente Epitácio, interior de São Paulo.
A partir da experiência na construção dessa planta, a Fictor firmou uma joint venture com a Enerwatt, especializada em construção, projetos e consultoria energética, para gerar energia renovável no Amazonas em parcerias com produtores independentes de energia, distribuidoras e autoridades locais. A sociedade iniciou negociações para instalação de 80 MW, em diversas localidades remotas do estado.
“Cerca de 80% da matriz energética da Amazônia é composta por fontes não renováveis e fósseis porque a região possui muitas áreas remotas, praticamente o inverso da matriz energética do resto do país. Enxergamos este cenário como grande oportunidade”, diz o CEO do Grupo Fictor, Rafael Góis.
Para substituir parte da geração térmica no estado, a estratégia da Fictor implica na hibridização das usinas existentes, ou seja, construir usinas fotovoltaicas ao lado das termelétricas a diesel. Essas usinas serão conectadas ao mesmo acesso das usinas à diesel existentes para introduzir a energia solar na rede local, substituindo parcialmente a matriz energética do PIE (produtor independente de energia). Além dos benefícios proporcionados pelo uso da energia limpa, essa estrutura vai reduzir em torno 30% dos custos da operação atual.
As duas primeiras usinas fotovoltaicas do projeto devem entrar em operação em maio, com capacidade de geração combinada de 5 e 6 MW e estão localizadas nos munícipios de Autazes e em São Gabriel da Cachoeira, próximo da fronteira com Venezuela e Colômbia, com investimento de R$ 20 milhões na primeira etapa. Frutos da parceria da Fictor com o PIE VPower (empresa listada na Bolsa de Hong Kong), as duas usinas substituirão em até 40% a capacidade de geração das termelétricas a diesel presentes nessas localidades.
“Para este ano, estão previstos investimentos na casa dos R$ 250 milhões em usinas de GD I para a realização desses e de outros projetos. Por isso, buscamos aliar o que existe de melhor na matriz energética brasileira com tecnologia e inteligência capazes de entender as necessidades específicas das comunidades locais e solucionar seus problemas com mínimo impacto ambiental”, comenta Góis.
O executivo acrescenta que a Fictor também avalia a viabilidade de implantação de uma usina fotovoltaica no Tocantins, Bahia e Mato Grosso, com capacidade de geração de 30 MW, para ajudar produtores rurais a reduzir a utilização de diesel para geração de energia em seus complexos sistemas de irrigação. Projetos solares do Rio de Janeiro e em São Paulo também estão sendo desenvolvidos pelo grupo.
A Fictor Energia, por meio de sua sociedade com a Enerwatt, também atua na eletrificação de casas e comunidades ribeirinhas isoladas da rede de transmissão de energia. Junto ao Programa Luz Para Todos do governo federal, as empresas, junto com a UCB, já eletrificaram cerca de quatro mil casas com sistemas fotovoltaicos e sistemas de armazenamento instalados em parceria com empresas parceiras na região.
Para 2025, a expectativa da Fictor Energia é investir mais R$ 600 milhões em projetos diversos, sem delimitações até o momento.
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