A distribuidora de equipamentos fotovoltaicos Helte faturou R$ 1 bilhão em 2022 e, no ano passado, atingiu 1 GW de geração distribuída. Para este ano, a empresa que conta com centros de distribuição espalhados pelo país e logística própria, aposta na adição de módulos fotovoltaicos de heterojunção, inversores off grid, baterias de armazenamento e carregadores para veículos elétricos.
A companhia pertence ao Grupo HLT, que conta também com as marcas Inimex, criada em 2023 para a produção de equipamentos fotovoltaicos, e a Ângulo, especializada em sistemas de fixação.
De acordo com o CEO do Grupo HLT, Junior Helte, “temos muito mercado para conquistar em 2024 e tudo será muito rápido, visto a evidência que a energia solar ganhou, principalmente com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), na qual o compromisso de triplicar o uso de energias renováveis no mundo foi estabelecido”.
Em relação aos próximos lançamentos, em breve a Helte deve anunciar a disponibilidade de painéis fotovoltaicos com tecnologia de heterojunção (HJT) com potência de 585 W, focada no aumento de eficiência. “Os painéis solares de combinam células de silício cristalino com silício amorfo em uma única unidade, resultando em maior eficiência e menor custo de energia. A tecnologia HJT utiliza uma abordagem onde o silício amorfo é depositado nas superfícies frontal e traseira de um wafer de silício cristalino convencional, aumentando assim a captura de fótons, e possibilitando a produção de módulos com eficiências superiores a 21%, competindo diretamente com outras tecnologias de alto desempenho no mercado solar”, explica o executivo.
Inversores e baterias de armazenamento
Atualmente o portfólio da Helte conta com inversores on grid e híbridos, mas para o início do segundo semestre, deve lançar também modelos off grid, com o objetivo de alcançar o mercado livre de energia, para que os clientes possam gerenciar que a energia via limitadores e bancos de bateria. Para complementariedade com os inversores off grid a serem lançados, a empresa entende que a integração de baterias se torna imprescindível e comunica que trará novidades também no segundo semestre.
Estruturas de fixação e carregadores de veículos elétricos
“Lançamos no final do ano passado a linha Flex pela Ângulo Sistemas de Fixação, nossa marca nacional cujo objetivo é oferecer produtos de alta qualidade e que trazem mais segurança, confiabilidade e agilidade na hora da montagem das estruturas dos geradores fotovoltaicos. A oferta é direcionada para todos os tipos de telhados, como cerâmico, metálico, laje, entre outros, e criada para proporcionar mais robustez e eficiência, tendo em vista as oscilações climáticas, principalmente dos últimos tempos”, conta Helte
Em entrevista à pv magazine, Helte adianta em primeira mão o lançamento de dois modelos de carregadores veiculares da Inimex. “São carregadores de primeira linha com grau de proteção ICP65, definidos pela norma IEC 60529 da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC) que avalia o grau de proteção de produtos eletrônicos fornecidos contra intrusão, poeira, contato acidental e água”.
Detalhes dos novos carregadores veiculares da Helte
- Carregador elétrico Inimex modelo BCP-A2N-L de 7.4 kW, monofásico 23 v, com integração RFID, conexão Wi-fi e Bluetooth, conector RJ45, grau de proteção ICP65 e três anos de garantia.
- Carregador elétrico Inimex modelo BCP-AT2N-L de 22 kW, trifásico 40 v, com chip medidor e visor de LED, com integração RFID, conexão Wi-fi e Bluetooth, conector RJ45, grau de proteção ICP65 e três anos de garantia.
Impactos do conflito no mar Vermelho e estoque estratégico
Junior Helte afirma que “observamos um leve aumento e a previsão é que essa elevação continue a crescer. Com esses incidentes, os custos de seguro e investimento por parte dos armadores também aumentaram, o que, por sua vez, impactará no aumento do frete”.
Quanto o volume de equipamentos armazenados, o executivo enfatiza que a Helte trabalha com a aquisição e o estoque de forma mais estratégica. “No ano passado, conduzimos uma análise detalhada e antecipamos uma queda nos preços, portanto, decidimos adiar um pouco nossas compras. Quando os preços atingiram seu ponto mais baixo, aproveitamos para adquirir um volume maior dos fornecedores. Embora tenhamos notado um leve aumento após o feriado do Ano Novo Chinês, isso representou apenas um acréscimo entre 2 e 4%. Com a queda nas tarifas anunciada no final de dezembro e prevista para entrar em vigor agora em fevereiro, a tendência é que os preços permaneçam estáveis, apesar do aumento dos preços nas células solares na China. Isso se deve, em parte, ao mercado brasileiro representar uma parcela significativa para os fabricantes chineses”, finaliza o CEO do Grupo HTL.
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