A linha de Desenvolvimento Rural Sustentável Paulista na atividade de Energia Renovável liberou R$ 10,3 milhões para 109 produtores de 52 municípios do estado de São Paulo em 2023. Em 2022, foram liberados R$ 13,6 milhões, que atenderam 115 produtores, em 69 municípios.
A linha conta com recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), do governo do estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
“A facilitação de acesso às energias renováveis é uma política de transição energética que irá marcar a gestão paulista. Há benefício para a toda a cadeia e para o meio ambiente”, diz o secretário de Agricultura e Abastecimento de SP, Guilherme Piai.
“A linha de financiamento se configura como ferramenta poderosíssima no desenvolvimento da pequena propriedade. O fotovoltaico, com a taxa de juros acessível e carência, frente ao alto custo da energia e perdas dos subsídios para o rural foi um presente que o Estado nos ofereceu”, diz o presidente do sindicato rural de Caconde, Ademar Pereira, que implantou o sistema em todo o processo de colheita da Cooperativa Agropecuária de Caconde. Segundo Pereira, além da questão da sustentabilidade, o alto valor da energia elétrica impacta diretamente nos custos de produção.
O teto de financiamento da linha do FEAP é de até R$ 300 mil para pessoa física e até R$ 800 mil para pessoa jurídica. O prazo de pagamento é de até 96 meses, com carência de até 24 meses.
O Sítio Nossa Senhora Aparecida, localizado no município de Pontalinda, no interior de São Paulo, trabalha no segmento de gado de leite. Há 10 meses, a empresa familiar implementou painéis fotovoltaicos, com o auxílio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). “Usamos no sítio para todos os eletrodomésticos, na ordenha mecânica, no resfriador do leite, na bomba do poço artesiano e para irrigar a pastagem. Nós tivemos uma redução no gasto com energia de 90%”, disse o proprietário e produtor rural, Silvio Feliciano.
Outro empreendimento que apostou na energia solar foi o Laticínio Família Rossato, de Pilar do Sul, que trabalha com produção de leite de búfala e queijos. Há cerca de quatro meses está sentindo a redução nos custos de produção. “O melhor benefício que o Estado poderia fazer para ajudar na redução de custos e automaticamente na melhoria dos recursos renováveis a uma região”, enaltece o proprietário Caio Junqueira.
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