A Atlas Renewable Energy e a Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, assinaram um contrato de aquisição de energia elétrica (PPA, na sigla em inglês para power purchase agreement) para o fornecimento de 100 MW médios de energia solar por 15 anos, contribuindo para o abastecimento das unidades produtivas da empresa localizados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
A parceria será responsável por cerca de um terço do consumo energético da Votorantim Cimentos no país, equivalente ao fornecimento de energia para 424 mil residências. Por meio do PPA de autoprodução por equiparação, a empresa avança em sua estratégia de descarbonização, que possui o uso de energia renovável como um dos seus pilares estratégicos.
A nova geração de energia será proveniente do Projeto Solar Luiz Carlos, localizado no município de Paracatu (MG), que possuirá a capacidade instalada de 787 MWp, dos quais quase dois terços (470 MWp) serão destinados à Votorantim Cimentos.
“A transação com a Votorantim Cimentos consolida a presença da Atlas nos principais setores da cadeia produtiva brasileira, se somando a contratos que já possuímos nas indústrias de alumínio, mineração e química no País. Também comprova que os clientes corporativos continuam apostando na parceria com a Atlas para acessar preços competitivos e estáveis no longo prazo, através de acordos de autoprodução”, explica Fabio Bortoluzo, General Manager da Atlas Renewable Energy no Brasil.
O projeto também faz parte do portfólio de investimentos da Votorantim Cimentos para aumentar sua competitividade estrutural, garantindo um crescimento sustentável.
“Esse projeto é um passo importante para nossa jornada de descarbonização e está alinhado aos Compromissos de Sustentabilidade 2030 da Votorantim Cimentos. Em todas as regiões em que atuamos, nosso foco é intensificar a eficiência e incorporar o uso de energia renovável, aumentando o volume de energia limpa autoproduzida que consumimos e, consequentemente, a nossa competitividade, gerando benefícios para a sociedade e para o planeta”, diz Álvaro Lorenz, diretor global de Sustentabilidade da Votorantim Cimentos.
Complexo fotovoltaico Luiz Carlos
O complexo fotovoltaico Luiz Carlos ficará localizado em Paracatu, Minas Gerais, município que já abriga outros projetos solares da Atlas, o que permitirá a continuidade dos investimentos da companhia no desenvolvimento da região, em termos ambientais e sociais, com ênfase à contratação de mão de obra local.
Com o início da construção, a Atlas dará continuidade à promoção de programas robustos de ESG que objetivam o desenvolvimento sustentável na região de Paracatu, como é o caso do Somos Parte da Mesma Energia, que já capacitou, ao longo da construção do projeto Boa Sorte, também sediado no município, mais de 300 mulheres do entorno para atuação na construção de plantas solares. A companhia também colocará em prática seu premiado programa Ed-Mundo, que capacita jovens estudantes de comunidades vulneráveis em programação, TI, robótica e empreendedorismo. O programa permite que os estudantes se tornem protagonistas da transformação social, gerando oportunidades de trabalho e outras fontes de renda para suas comunidades e famílias.
Investimento em descarbonização
A meta da Votorantim Cimentos é ter 45% da energia consumida globalmente oriunda de fontes renováveis até 2030. Com esse novo projeto, 75% da energia consumida pela empresa no Brasil será proveniente de fontes limpas.
Desde sua fundação, a Votorantim Cimentos sempre se preocupou com a geração de energia própria para a produção de suas fábricas. No estado da Bahia, a companhia opera a concessão da Usina Hidrelétrica de Pedra do Cavalo, de 160 megawatts, além de possuir quatro Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em outras localidades e ter a participação no consórcio da Usina Hidrelétrica (UHE) Machadinho, no Sul do Brasil. Em 2022, também fechou um acordo com a Auren para a construção de um parque eólico no Nordeste do Brasil, com capacidade de 220 megawatts, que entrou em operação no início de 2023, adicionando 55 MW médios da energia renovável no seu portfólio.
A conclusão do acordo ainda depende de condições usuais em operações dessa natureza, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
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