Descarbonize desenvolve canal específico para grandes usinas de geração distribuída

Além de armazenamento em baterias, carregadores de veículos elétricos e inversores híbridos, a empresa enxerga como tendência para 2024 os projetos de maior porte, vistos pelos clientes como ativos financeiros.

Imagem: Aldo Solar

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De olho no crescimento esperado do segmento de minigeração distribuída, das chamadas usinas GD, a Aldo Solar prepara para 2024 uma estrutura para atender os investidores desses projetos, que enxergam os sistemas solares como ativos financeiros e esperam maximizar seus retornos.

“[Esses investidores] estão olhando solar não só pelo âmbito de energia, de crédito ou de construir a usina na casa, mas sim procurando como investimento, entendendo que é uma solução financeira. Estamos desenvolvendo um canal de grandes usinas, justamente para esse cliente de maior porte, que precisa de um bom parceiro, de recorrência de materiais”, diz Antonio Nuno Verças, CEO da Descarbonize, empresa que controla a Aldo Solar, Sol Agora e Lado.

Além disso, a distribuidora também enxerga como tendência no curto prazo a maior adoção de carregadores veiculares e, no médio prazo, as baterias para armazenamento, incluindo as duas tecnologias combinadas com a geração solar.

“Temos carregadores para uso domiciliar e para uso comercial, além de kits bem interessantes, que já trazem todo o necessário para a implementação da bateria que armazena energia produzida pelo gerador fotovoltaico, já conectada também ao carregador veicular. Sistemas de armazenamentos, mesmo que de forma independente, também devem ser tendência nos próximos anos”, diz o executivo.

CEO da Descarbonize, Antonio Nuno Verças

Imagem: Descarbonize

Mobilidade elétrica e proteção contra quedas de energia

O segmento de mobilidade elétrica também é uma grande aposta. “Já oferecemos ao mercado soluções de carregamento rápido e lento, linha residencial e comercial. A sinergia da energia solar com a eletrificação, uma vez que se torna vantajoso ser o produtor da energia que será utilizada para abastecer o veículo elétrico, é uma ótima aposta”, comenta Verças.

Além disso, a solução de storage, além das soluções on grid, híbridas, off grid e para mobilidade elétrica, já estão disponíveis no mercado e devem ser fortalecidas em 2024. “Nos dedicamos para desenhar uma solução para apartamentos, com a qual o cliente, com um sistema de baterias e um inversor, fica protegido de apagões da rede elétrica, como o que ocorreu em diversas cidades do país com as recentes tempestades”, diz o CEO da Descarbonize. 

Muito espaço para crescimento em telhados

O executivo lembra que mesmo com a introdução dessas novas tecnologias para soluções mais integradas, a geração própria de energia solar no próprio local de consumo ainda tem muito espaço para crescer. “Somente 2% dos telhados brasileiros têm geração fotovoltaica. Ainda há muito para fazer, não consigo ver um problema estrutural de mercado nos próximos 10 a 15 anos”, diz Verças.

O segundo semestre de 2023, avalia, foi de retomada, com a queda nos preços dos equipamentos. “O tempo de payback é menor do que no ano passado – a queda de mais de 50% no preço final para o consumidor tornou isso possível. O cenário é extremamente positivo para a aquisição de um sistema fotovoltaico”, avalia o CEO da Descarbonize. “A queda no valor do equipamento compensa – e muito – os efeitos do início da cobrança parcial da tarifa de distribuição. É uma grande oportunidade para investir em energia solar – e essa tendência seguirá para 2024”, ele adiciona.

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