As novas conexões de geração distribuída (GD) de energia solar, para os clientes de baixa tensão (Grupo B) das classes residencial, rural e comercial, com carga de até 50 kW, voltaram a ser liberadas pela Cemig após uma atualização dos critérios da distribuidora para a análise dos pedidos. A iniciativa busca incentivar a microgeração distribuída local.
“A maioria dos sistemas de energia solar é residencial e, com isso, os consumidores poderão finalmente instalar os equipamentos em suas casas, gerando assim outras demandas por mais instalações e, dessa forma, ajudando a movimentar a economia. Segundo informações da própria concessionária, cerca de 88% das ligações que aguardavam pareceres favoráveis, serão liberadas”, disse o diretor de relações institucionais da Genyx e coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bruno Catta Preta.
O executivo destaca também que excedentes de energia serão desestimulados. “Haverá também uma adequação dos pedidos conforme o consumo. A Cemig deverá liberar apenas os pareceres que forem compatíveis com o consumo de cada unidade. Os pedidos com capacidade superior ao consumo poderão ser negados, mas serão seguidos por uma orientação de ajuste. Uma residência que consome em média 400 kWp só terá a instalação liberada se a demanda for de 400 kWp, sem excedentes, por exemplo.”
Catta Preta avalia que os novos critérios voltarão a movimentar a atividade no estado. “Dessa forma, Minas Gerais poderá voltar a brigar pela liderança no ranking nacional de geração distribuída de energia solar.”
Solução para recusa sistemática por inversão de fluxo de potência
Os novos critérios divulgados pela Cemig antecipam uma possível alteração na regulação sobre os procedimentos em casos de inversão de fluxo de potência pela Agência Nacional de Energia Elétrica. O artigo 73 da resolução 1.000 da Aneel – que abriu a possibilidade de as distribuidoras sugerirem alterações nos projetos e no orçamento de conexão em casos de inversão de fluxo de potência – poderá ser alterado para detalhar de forma mais precisa em quais casos a inversão de fluxo será motivo para alteração ou recusa do projeto.
A expectativa é que a alteração seja debatida durante a consulta pública sobre a regulação da participação de energia solar no programa Minha Casa Minha Vida, a ser promovida pela Aneel.
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