A disponibilidade de crédito para geração distribuída voltou ou está voltando na maioria das instituições financeiras, mas há muitas tentativas de fraudes que podem atrapalhar o fluxo do crédito para os clientes finais, alerta Antônio Nuno Verças, o CEO da Descarbonize – empresa que controla marcas como a Aldo Solar e a Sol Agora.
No início do ano, os bancos estavam receosos por conta da alta inadimplência, o que estava afetando as aprovações de financiamento. Mas isso começou a mudar desde a metade do ano, ele avalia. “Não há uma crise de crédito propriamente. As taxas de juros já estavam altas e, neste tipo de empréstimo, não são o principal quesito que o consumidor vai olhar. Ele vai olhar para o valor final da parcela”, comenta o executivo.
Segundo ele, o principal desafio nesse momento é evitar que solicitações falsas atrasem a destinação de recursos para empresas e consumidores que de fato instalarão sistemas fotovoltaicos. Entre 20% e 25% dos pedidos de análise de créditos recebidos pela Sol Agora e outras instituições financeiras, são tentativas de fraude. “Isso significa que de cerca de R$ 1,3 bilhão em pedidos de crédito que recebemos em 2023, cerca de R$ 300 milhões foram de solicitações fraudulentas”, detalha Nuno Verças.
Janela de oportunidade com os preços mais baixos
Atualmente, o preço de solar no país é o mais barato do mundo. “O tempo de payback hoje é menor do que no ano passado, com a queda de mais de 50% no preço final para o consumidor. Essa queda no valor do equipamento mais do que compensa os efeitos do início da cobrança parcial da tarifa de distribuição. Mas isso não vai durar para sempre, os preços dos insumos podem voltar a subir, então é necessário aproveitar esse momento. É necessário vender também a oportunidade”, disse Nuno Verças à pv magazine.
De acordo com ele, a Descarbonize está apoiando, ao lado de outras empresas como a Bel Energy e a Sou Energy, a Frente Parlamentar Mista de Energia Limpa no Congresso, que foi criada no final de novembro, para defender as pautas do setor.
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