Com R$ 50 milhões já investidos em P&D e mil integradores cadastrados em sua plataforma de vendas, a BYD está ofertando kits fotovoltaicos compostos por módulos, inversores e baterias da marca, além de outros equipamentos de parceiros homologados. A empresa também aposta na tropicalização de inversores para atender os diferentes climas das regiões do Brasil e na construção de lojas conceito nas principais capitais do país para difusão das vantagens dos veículos elétricos e estações de carregamento, incluindo as de carregamento ultrarrápido com bateria acoplada, que pode abastecer um carro elétrico com carga completa entre 20 e 30 minutos.
Parte do orçamento de P&D foi destinada à fabricação dos kits da marca. A BYD resolveu ter o seu próprio centro de distribuição e produção dos kits, montando os times de engenharia e pós-vendas dedicados à unidade. A operação teve início efetivo em setembro de 2022, a partir da venda dos primeiros kits fotovoltaicos.
“Para todos os itens existem pelo menos três fornecedores homologados e que comprovadamente oferecem produtos com a qualidade exigida pela BYD. As auditorias são realizadas anualmente, podendo ser em menos tempo de acordo com o desempenho dos equipamentos”, detalha o gerente de operações na BYD Brasil, Nelson Souza.
Capacidade produtiva e concorrência
Apesar de não ter informado à pv magazine quantos sistemas fotovoltaicos foram distribuídos no país, a BYD informa que “neste ano, a companhia atingiu a marca de 2,3 milhões de painéis fotovoltaicos produzidos no país”.
A BYD não divulgou a lista de outros distribuidores que comercializam os equipamentos fabricados pela empresa. “Não podemos abrir essa informação no momento por questões de confidencialidade”, explica Souza. Em relação a competição com outros distribuidores, a BYD informou que não existe concorrência. “Continuamos atendendo os distribuidores, principalmente os que compram painéis nacionais”, comenta o executivo.
Souza informa que nos últimos oito meses de produção, 40% dos kits comercializados foram compostos por módulos importados, enquanto os outros 60% continham módulos com fabricação nacional e FINAME.
Embalagens mais resistentes
Para garantir a integridade dos equipamentos que formam os kits, mesmo durante trajetos em más condições, a BYD desenvolveu embalagens mais resistentes.
O processo para a viabilização da caixa ideal para armazenamento dos kits solares passou pela validação comercial do fornecedor, correto dimensionamento e controle da umidade. Além disso, a BYD aplicou em sua fábrica testes iniciais de eletroluminescência (EL), que identifica trincas e microfissuras nas células fotovoltaicas. A caixa também foi submetida ao teste no porta palete e de armazenagem, foi submetido ao teste de road trip (transporte em diversas condições de estrada), um teste final de EL para o caso dos módulos terem sido danificados no trajeto e, só então, a caixa foi homologada e validada em relação a sua qualidade.
Ainda sobre as caixas que armazenam os kits fotovoltaicos da BYD, Souza informa que “nossas caixas são confeccionadas em papelão especial de camada dupla, tornando a embalagem extremamente robusta e que, durante o empilhamento, a caixa superior não encosta nos frames dos módulos da caixa inferior, evitando micro trincas ou fissuras nos equipamentos”, explica Souza.
Tropicalização de inversores
A área de P&D da BYD também vem desenvolvendo estudos sobre a tropicalização de inversores para atender os diferentes climas das regiões do Brasil. “Entendemos que os inversores atuais não são adaptados ao cenário brasileiro que enfrenta alterações de tensão, picos de energia e ambientes mais úmidos e quentes. Por isso, os inversores precisam ser fabricados especificamente para operar em condições muito peculiares do nosso país”, relata o executivo.
Lojas conceito para VEs e estações rápidas de carregamento
A BYD iniciou a comercialização dos veículos elétricos fabricados pela marca no final de 2021 e atualmente conta com sete modelos lançados, sendo seis totalmente elétricos e um híbrido. A empresa informa que já conta com 55 concessionárias nomeadas nas principais cidades brasileiras, com a meta de chegar a 100 até o final de 2023. Os veículos elétricos da BYD custam na faixa entre R$ 149 mil e R$ 500 mil reais.
Apostando fortemente na popularização dos veículos elétricos no país, a BYD entende que as estações de carregamento podem ser um gargalo para a expansão da mobilidade elétrica. Segundo a ABVE, o Brasil possui atualmente cerca de 3,8 mil pontos de recarga públicos para veículos elétricos, número 30% maior do que o acumulado até dezembro de 2022, quando eram aproximadamente 2,9 mil. Segundo projeções da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), país deverá instalar cerca de 10 mil novos pontos de recarga em estabelecimentos comerciais nas cidades e rodovias.
Por isso, a BYD pretende promover para o próximo ano, diversas lojas conceito da marca para demonstrar as soluções mais avançadas em carregamento elétrico rápido. Os estabelecimentos serão inaugurados nas principais capitais do país e apresentarão ao mercado os novos carregadores Grid Zero, que embora conectados à rede elétrica convencional carregam os VEs com potência de 210 KW, mas consomem apenas 60 KW da rede para o start inicial. O restante da carga completa – que leva de 20 a 30 minutos – vem da bateria acoplada ao carregador.
De acordo com a BYD, a empresa espera comercializar 500 desses novos carregadores ao longo do próximo ano e busca estabelecer parcerias com postos de gasolina, que já estão interessados na solução. A empresa também apresentou em visita à imprensa em sua sede em Campinas, São Paulo, um novo modelo de carregador veicular que permite aos estabelecimentos cobrar pelo carregamento rápido, algo em torno de R$ 50 e que permite uma economia de 300 km aos VEs abastecidos com a nova solução.
Em breve a BYD planeja anunciar a oferta da BYD Week, que visa oferecer o carro elétrico, um carregador veicular e acrescentar ao pacote um painel solar para gerar a energia que irá para o carregador e, na sequência, para o veículo. O pacote completo para um carro de entrada da marca deverá custar R$ 149 mil.
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