WEG acumula 1 GW de contratos full EPC para usinas solares

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A pressão pela entrega de projetos fotovoltaicos dentro do prazo da GD I, de um lado, e a experiência negativa com atrasos em projetos nos últimos anos, de outro, levaram ao aquecimento do mercado de EPC para projetos fotovoltaicos no Brasil.

A atividade já representa a maior parte das receitas da divisão solar da WEG, que acumula 1 GW em contratos de full EPC – em que a empresa é responsável pelo fornecimento de todos os equipamentos, além da engenharia, gestão de compras e construção. Em projetos com equipamentos fornecidos pela empresa, a WEG já acumula 5 GW.

Recentemente, a empresa fechou um novo contrato de full EPC para 100 MW de projetos de minigeração distribuída com um parceiro estratégico. As usinas têm, em média, 3 MW instalados cada. Os projetos estão distribuídos em diversos estados, e serão executados pela WEG em parceria com quatro integradores. A primeira usina do acordo foi concluída em outubro em Araraquara, São Paulo.

EPC ganha espaço no faturamento da divisão solar

“A WEG entrou no negócio de EPC solar em 2018, com um contrato full EPC para uma usina centralizada de 90 MW”, lembra o diretor de Solar & Building da empresa, Harry Neto. “Mas esse foi um contrato para viabilizar e introduzir ao mercado o inversor central e o eletrocentro que a WEG estava lançando na época” observa.

Como o epecista tem que garantir a performance da usina e dos equipamentos, ofertar esse serviço foi uma forma de viabilizar a venda do novo produto, que ainda não tinha histórico de operação.

“Mais recentemente, especialmente nos últimos dois anos, começamos a receber demanda de empresas que queriam EPC para GD, porque podemos dar garantia para os clientes. Passamos então a fazer o serviço, em parceria com integradores estratégicos, por tranches. O Brasil não considerava o risco de EPC”, disse Harry Neto à pv magazine.

A quebra de empresas que executavam esse serviço e o consequente atraso de projetos, nos últimos anos, acendeu um alerta no mercado e criou oportunidade para empresas com robustez assumirem o serviço, ele adiciona.

“No ano passado, a 70% do faturamento na divisão solar da WEG vinha da distribuição de equipamentos no varejo e o restante veio do EPC. Neste ano, EPC já representa 60% das receitas”, comenta. A WEG assina uma cláusula de garantia de desempenho da usina e só entrega o projeto após atestar que a geração está dentro do acordado.

Além do aprendizado com os atrasos e quebras de empresas menos experientes, outra força impulsionando o mercado de EPC para geração distribuída no Brasil é o prazo limite para a conexão dos empreendimentos enquadrados em GD I, como ficou conhecido o regime de compensação de créditos de energia anterior à Lei 14.300. A partir da aprovação da distribuidora, os projetos devem ser conectados em até um ano.

Integradores parceiros

A WEG conta com mais de 400 integradores e seleciona entre eles os parceiros para executar os projetos. “Temos parceiros estratégicos, que confiamos que entregarão os projetos. E quando há necessidade, fazemos o treinamento de novos, em segurança, normas técnicas, padrão de qualidade”, comenta.

A matéria foi alterada às 20h45 do dia 30/10/2023 à pedido da WEG por conter informações sensíveis.

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