A redução da umidade na Amazônia proporcionou céu limpo e aumento da irradiância nos trópicos da América do Sul. Os ativos solares na região registraram entre 110% e 120% da irradiação média mensal até setembro.
Uma tempestade forte e lenta no início do mês diminuiu a irradiância no sul do Brasil, mas o resto da América do Sul de latitude média viu irradiação predominantemente normal, de acordo com dados coletados pela Solcast, uma empresa DNV, por meio da API Solcast. O Planalto do Altiplano registrou a maior irradiância para todo o continente. Isso está em linha com as médias históricas, já que a área registra alguns dos níveis de irradiância mais altos do mundo.
Em setembro, os trópicos registraram irradiância maior do que o normal. Isso ocorreu devido ao céu mais claro causado pela atual seca na Amazônia. A parte nordeste da Amazônia está seca desde meados de julho, resultando em umidade reduzida na floresta tropical e menos evapotranspiração. Esta é uma das principais fontes de umidade que alimentam a formação de nuvens sobre as regiões da floresta tropical.
A região apresentou nuvens cumuliformes regulares típicas de regiões tropicais, mas não as grandes tempestades e eventos de chuva típicos do início da estação chuvosa em setembro. Os rios da Amazônia estão em seu nível mais baixo em mais de um século, já que houve falta de chuvas e consequentes condições de seca nos últimos meses. Isso foi exacerbado pelas condições quentes, já que a América do Sul registrou o setembro mais quente que se estende por ondas de calor.
Os estados do Sul do Rio Grande de Sul e Santa Catarina tiveram redução da irradiância, com registros entre 10% e 20% abaixo das médias de setembro, isso por conta da incidência de um ciclone extratropical excepcionalmente forte. A tempestade se moveu para terra a partir do Atlântico no início de setembro, e sua natureza lenta significava que os impactos da irradiância eram mais focados e intensos. A maior parte do restante da América do Sul de latitude média viu irradiância muito mais moderada ou ligeiramente abaixo da média de longo prazo.
A Solcast produz esses números rastreando nuvens e aerossóis com resolução de 1-2 km globalmente, usando dados de satélite e algoritmos proprietários de IA/ML. Esses dados são usados para conduzir modelos de irradiância, permitindo que o Solcast calcule a irradiância em alta resolução, com um viés típico de menos de 2%, e também previsões de rastreamento de nuvem. Esses dados são usados por mais de 300 empresas que gerenciam mais de 150 GW de ativos solares globalmente.
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