Consumo de energia elétrica aumenta 3,9% em agosto

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O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou pelo quarto mês consecutivo, encerrando agosto com carga de 66.235 megawatts médios, 3,9% mais que em igual período de 2022, segundo dados preliminares do Boletim InfoMercado Quinzenal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

No mercado regulado, no qual estão residências e pequenas empresas, foram consumidos 41.179 MW médios, montante 5% maior. O restante, 25.056 MW médios, foi fornecido para a indústria e companhias de grande e médio porte que compram sua energia no mercado livre, quantidade 2,2% maior que em agosto de 2023.

De acordo com a CCEE, os dias mais quentes têm influenciado um uso maior de equipamentos de refrigeração, especialmente no segmento regulado, enquanto uma produção maior em quase todos os ramos de atividade econômica monitorados, combinada com um movimento intenso de migração de novos consumidores, tem provocado uma demanda maior no ambiente livre.

Geração de energia

Em agosto, a geração solar centralizada aumentou em 62,8% de sua produção, totalizando 2.578 MW médios em agosto. A fonte quebrou uma série de recordes no período e chegou a atender 27% da demanda instantânea do país.

As hidrelétricas produziram 44.293 MW médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN), 1,6% mais energia que em agosto do ano passado. Já as termelétricas entregaram 9.675 MW médios para a rede, volume 2,2% maior no comparativo anual. E os parques eólicos tiveram uma retração de 2,1%, gerando 12.499 MW médios.

Consumo por ramo de atividade econômica

A CCEE acompanha o consumo de energia em 15 setores da economia do país. Em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, 10 deles tiveram aumento. Destaque para o Comércio (10,2%), que ampliou as vendas devido aos menores preços praticados, principalmente de produtos da cesta básica. Também o segmento de Extração de Minerais Metálicos (8,6%), que acompanhou o cenário positivo do mercado internacional, e Alimentícios (6,8%).

As maiores quedas foram registradas pela CCEE na fabricação têxtil (3,1%), que segue impactada pela escassez de matéria-prima no mundo; na indústria química (4,9%), que tem sofrido com forte concorrência internacional, principalmente nos subsetores relacionados de adubos e fertilizantes; e no ramo de veículos (6%), que ainda dimensiona necessidades de produção após o fim do subsídio governamental para o setor.

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