A JA Solar projeta que deve repetir em 2023 o volume de módulos entregues no Brasil no ano anterior, somando 1,4 GW, dos quais aproximadamente 40% para projetos de geração centralizada. A visão, que ainda pode mudar até o final do ano, foi compartilhada pelo country manager da JA Solar no Brasil, Fernando Castro, durante a Intersolar.
Na feira, a companhia apresentou dois novos módulos com dopagem negativa de fósforo (n-type), incluindo o módulo JAM66D45 590~615/LB, com células de 182 x 210 mm. O tamanho desse módulo está em conformidade com o acordo realizado por 9 fabricantes de módulos para padronizar o tamanho do wafer e, assim, minimizar impactos de abastecimento e otimizar a produção ao reduzir custos e evitar desperdícios de material. Esses módulos possuem até 22,8% de eficiência e potência máxima de 615 W, bem como 16 busbars.
Os lançamentos são principalmente adequados para projetos de geração distribuída de grande porte – usinas instaladas em solo, em geral – e de geração centralizada. “O segmento de instalações em telhado teve vendas muito baixas nesse primeiro semestre”, comentou Castro. Em 2022, 100% dos envios realizados pela JA Solar para o Brasil foram destinados ao mercado GD.
Ele salienta que, apesar de o preço dos módulos ter caído de aproximadamente US$ 0,25/Wp há um ano, para US$ 0,16/Wp atualmente, as distribuidoras de equipamentos estão com estoques de aproximadamente 2 GW, formados quando os preços ainda estavam mais altos, sendo pressionadas a igualar os preços atuais, com vendas até mesmo com margens negativas. “Depois da Índia, o Brasil é o país com mais pressão por preços [em relação aos módulos]”, disse o executivo.
Neste ano, além de um contrato de fornecimento de 412,65 MW de módulos DeepBlue 3.0. para o projeto fotovoltaico centralizado Arinos, da CTG, a companhia também anunciou um acordo de de fornecimento de 400 MW de módulos bifaciais de 560 Wp com a tecnologia n-type para a (re)energisa, a serem entregues para projetos de GD ao longo de 2023.
Sobre a possibilidade de que novos módulos importados passem a pagar a alíquota cheia do imposto de importação, Castro diz que opina que o tratamento deve ser isonômico entre os módulos disponíveis no mercado. Mas que o possível impacto disso no preço final dos módulos ainda seria compensado pelas quedas recentes de preços dos equipamentos.
Baterias
Outra novidade que a JA Solar levou para a InterSolar foi a nova linha de produtos relacionada ao armazenamento de energia para residências. A solução é um sistema composto por inversores e baterias, capaz de operar de maneira isolada (off grid).
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