Governo do Ceará defende urgência na regulamentação do hidrogênio verde

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O governador do Ceará, Elmano de Freitas, participou em Brasília, nesta terça-feira (26/07), de reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro, que contou ainda com a presença de diversos ministros e governadores do Consórcio Nordeste, teve como objetivo somar esforços em uma ação coordenada entre os governos estaduais do Nordeste junto ao Governo Federal.

“Estamos em sintonia das ações que vamos realizar, seja na transposição do Rio São Francisco, na Transnordestina, ou naquilo que diz respeito ao grande desafio do país, que é aproveitar a mudança da matriz energética, da economia do mundo. O Brasil pode ser um grande fornecedor de energia renovável e fazer uma nova planta industrial do país”, afirmou Elmano de Freitas.

Destacando a contribuição do Nordeste para uma nova industrialização no Brasil, mais moderna e com base em matriz energética renovável, Freitas reforçou a necessidade de regulamentação urgente do hidrogênio verde e energia eólica offshore. “Também precisamos garantir na reforma tributária o tratamento diferenciado para a energia renovável e hidrogênio verde, com garantia de crédito, seja no BNDES ou Banco do Nordeste, além de outros esforços do Governo Federal para que tenhamos condições de competitividade”.

O governador lembrou ainda que o Brasil tem avançado na pauta junto ao Senado com a intenção de impulsionar a indústria de energia renovável no Brasil. Entre as ações que vem sendo tomadas estão a tramitação de projetos de lei para regulamentação de energia eólica offshore e hidrogênio verde e medidas provisórias para acelerem esses projetos.  A intenção é garantir segurança jurídica e previsibilidade para os investidores, até o fim do ano.

Investimentos pesados no segmento de energias renováveis tem sido constantes no cenário internacional. Um exemplo destacado pelo governador do Ceará, são os Estados Unidos. “O governo americano lançou um programa que, na verdade, é um grande subsídio. Trata-se de um investimento da ordem de 360 bilhões de dólares para os próximos dez anos, para atrair uma nova planta industrial com base na energia renovável. O Brasil tem muito mais eficiência energética na produção de energia solar e eólica, já temos uma matriz renovável que são as nossas hidrelétricas. Temos que garantir competitividade do Brasil para inserção no mercado mundial com base numa matriz energética limpa. Portanto, temos que observar o que outros países fazem, sob pena de investidores, em vez de investir no Brasil, possam migrar para outras partes do mundo”, alertou.

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