Gráfica recorre a crédito da Desenvolve SP para produzir com energia solar

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A agência de fomento do governo de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), aprovou crédito da linha Linha Economia Verde (LEV) – Máquinas, parte do seu portfólio de projetos sustentáveis, para os  proprietários da Gráfica Amaral, em Bragança Paulista, investirem em geração solar. A expectativa é a de que daqui a cinco anos a gráfica pagará até dez vezes menos em energia elétrica do que desembolsa atualmente para atender a demanda de energia de sua produção.

O investimento será pago em quatro anos e meio. “Se hoje pago entre R$ 1,1 mil a R$ 1,5 mil de conta de energia, lá na frente vou tirar do bolso cerca de R$ 100”, contabiliza o empresário Paulo Sérgio Tadeu do Amaral, um dos donos do negócio. “Com o investimento quitado só vamos ter ganhos”, diz.

A energia gerada pela instalação de um sistema fotovoltaico será usada para fazer impressões offset e serviços de gráfica rápida, além de uma dezena de outros produtos como etiquetas adesivas ou impressos promocionais e comerciais.

O projeto tinha sido pensado há alguns anos, explica Amaral, mas ficou engavetado. Segundo ele, saiu do papel agora também devido à mudança na legislação que vai vigorar no setor de energia solar a partir da metade deste ano. A energia fotovoltaica passará a ser tributada em 15% ao ano e deve aumentar gradativamente até 2029.

Esse percentual será cobrado pelo uso da infraestrutura disponibilizada pela distribuidora pública de energia. Antes da lei, quem instalava o painel fotovoltaico ficava isento da tarifa.

“Vimos que mesmo com essa mudança valia a pena fazer o investimento para gerarmos a nossa própria energia. A economia ficou menor, mas ainda é atrativa. Em anos anteriores o valor da energia elétrica oscilou muito e só cresce”, afirma o empresário.

A Linha Economia Verde (LEV) -Máquinas, utilizada pela Gráfica Amaral, financia máquinas e equipamentos que promovem a redução de emissões de gases de efeito estufa e minimizam o impacto da atividade produtiva no meio ambiente, reduzindo o consumo de energia e/ou combustíveis com ganhos sustentáveis.

A linha tem taxa a partir de 2% ao mês, acrescido da Selic, com prazo de até 60 meses e carência de até um ano.

Com mais de 3 GW de capacidade instalada, o estado de São Paulo é líder na geração distribuída no país, posição que vem disputando desde o início do ano com Minas Gerais. O estado tem 330 mil sistemas de geração solar distribuída instalados, que geram créditos para 385 mil consumidores.

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