O Brasil vai aderir a iniciativas globais para acelerar a transição energética e promover a descarbonização, a iniciativa Hubs Marítimos de Energia Limpa (Clean Energy Marine Hubs) e as iniciativas “Descarbonização profunda da indústria” e “Transformação da indústria solar” do grupo Clean Energy Ministerial.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a adesão nesta sexta-feira (21/07), na 14ª Reunião Ministerial de Energia Limpa (CEM, em inglês) e na 8ª Reunião Missionária de Inovação (MI), em Goa, na Índia, onde chefia a delegação brasileira.
“Somos signatários da declaração conjunta para acelerar o comércio internacional de hidrogênio, para a qual demos nossa contribuição. Estamos seguros de que podemos contribuir ativamente para construir regras equilibradas e que efetivamente permitam destravar investimentos em larga escala”, afirmou o ministro. “Consideramos ingressar em missões adicionais no marco da Mission Innovation, como o caso da Missão Transições Urbanas”, adicionou Silveira.
O eixo de energias marítimas limpas é uma iniciativa global que reúne entes públicos e privados em toda a cadeia de valor da energia marítima, incluindo os setores energético, portos, finanças e transporte marítimo.
Já a Descarbonização profunda da indústria e Transformação da indústria solar, convergem para o impulsionamento da industrialização do Brasil, a partir da bioenergia, bem como para a descarbonização da matriz energética brasileira, o que se alinha à recente escolha do Brasil como país líder no tema “Transição Energética” no Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia.
Dentre as principais ações a serem desenvolvidas estão o intercâmbio de informações, conhecimentos, programas e políticas públicas entre os países participantes. O objetivo é acelerar a implantação e o uso comercial de combustíveis de baixo carbono e tecnologias alternativas nessas nações.
Descarbonização
“Não devemos dar como superados os desafios de descarbonizar os nossos sistemas elétricos. A eletricidade limpa é base para a descarbonização de diversos setores ainda dependentes de combustíveis fósseis”, afirmou o ministro.
Ele defendeu que o mundo não pode subestimar a contribuição da bioenergia para o alcance da neutralidade de carbono, lembrando que no Brasil existem importantes políticas para o fomento da bioenergia, observando forte critérios de sustentabilidade, com grandes resultados na substituição de combustíveis fósseis, mas também na geração de empregos e desenvolvimento regional.
“Também destaco que cenários de neutralidade de carbono desenvolvidos para o Brasil têm mostrado importante sinergia entre bioenergia e hidrogênio, reduzindo custos, acelerando ganhos de escala e viabilizando soluções de baixo carbono para aviação, transporte marítimo e também terrestre”, finalizou.
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