Com mais de quatro meses de operação, a usina fotovoltaica flutuante (UFVf) em Grão Mogol, em Minas Gerais, recebeu a visita de representantes da Superintendência de Regulatório e Planejamento Energético da Cemig, no início de julho. A usina é constituída de uma ilha flutuante de 3.070 módulos solares fotovoltaicos com capacidade de geração de 1,2 MWp e entrou em operação em março.
De propriedade da Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), a usina está instalada sobre o reservatório da PCH Santa Marta e parte de sua energia será destinada a pelo menos 1.250 famílias de baixa renda situadas em municípios do semiárido mineiro através de um sistema de compensação e outra parte será destinada à parceiros, através de um programa de parcerias que viabiliza a operação e manutenção da usina.
A Aedas foi criada no ano 2000 pelos moradores da comunidade de Casa Nova no município de Guaraciaba (rio Piranga, afluente do rio Doce), afetados pela PCH.
Foi constituída a Associação Estadual de Prossumidores de Geração Distribuída de Minas Gerais – Vereda Sol & Lares, figura jurídica que permitirá que as famílias atingidas possam realizar a gestão popular e coletiva da usina.
As equipes fizeram uma visita in loco e conheceram de perto a estrutura, para esclarecer dúvidas sobre como funciona esse tipo de empreendimento e visualizar a usina fotovoltaica em operação. As informações coletadas vão virar dados científicos de artigo no Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica.
Gestor Administrativo e Operacional da usina pela Aedas, Gildo Rodrigues, pontuou que o balanço dos meses iniciais de operação reforça a viabilidade da usina. “A visita deixou a equipe impressionada com o tamanho da usina e com o resultado dela. Além de ser inovadora, o resultado é muito positivo. É um modelo a ser seguido”, explicou.
Participaram representantes da Superintendência de Regulatório e Planejamento Energético da CEMIG – Rodrigo Nascimento, Fellipe Fernandes, Alessandra Chagas, Juliano Marcial, Ivan Carneiro, Grazziano Motteran – que tiveram um artigo aprovado para o Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica sobre a experiência da UFVf. Acompanharam também representantes da Cemig SIM, Aedas, Cooperativa CRERAL, Mil Montagens Elétricas e da LONGi.
O empreendimento integra o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento Veredas Sol & Lares, que teve como executoras a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), Axxiom, Efficientia/Cemig SIM e PUC-MINAS.
A experiência também conta com as parcerias do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), do Observatório dos Vales e do Semiárido Mineiro da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Araçuaí. O recurso aportado ao projeto foi da Cemig, através do P&D Aneel.
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