A geração solar no Brasil ultrapassou os 32 GW, sendo 22,5 GW na geração distribuída e 9,6 GW na geração centralizada. Só em 2023, foram adicionados 6,6 GW, sendo 4,4 GW na micro e minigeração própria de energia e 2,2 GW na geração e grande porte. Se repetir esse ritmo de instalações no segundo semestre, a fonte solar pode chegar ao final do ano com 38 GW acumulados.
Considerando a geração distribuída, a fonte solar teria uma participação de 16,5% na matriz elétrica brasileira, de 216,8 GW – sendo 193,8 GW de geração centralizada mais 22,7 GW de geração distribuída, incluindo todas as fontes de geração.
Geração distribuída
Nos primeiros seis meses de 2023, a geração distribuída solar acrescentou 4,2 GW de capacidade, com 365 mil novos sistemas conectados à rede, de acordo com a Aneel. A expansão da geração distribuída em 2023 foi liderada, entre os segmentos de consumo, pelos sistemas residenciais, que adicionaram 2,129 GW no primeiro semestre do ano. Em seguida, a classe comercial adicionou 1 GW.
Entre os estados, São Paulo liderou a expansão, com 656 MW adicionados nos primeiros seis meses do ano. Minas Gerais adicionou mais 460 MW. Os estados vêm disputando desde o início do ano a liderança na capacidade instalada de geração distribuída solar, estando praticamente empatados com pouco mais de 3.000 MW instalados cada.
O alto preço do financiamento e a queda das vendas após a entrada em vigor do marco legal da geração distribuída são vistos como alguns dos principais desafios para a modalidade no curto prazo.
Geração centralizada
Na geração centralizada, até o dia 15/06, os projetos conectados em 2023 somam 2.201 MW, quase superando os 2.528 MW instalados ao longo de todo o ano passado. A Aneel prevê a instalação de mais 1.086 MW até o final do ano.
O mercado livre, especialmente os modelos de autoprodução, tem liderado a expansão da geração distribuída, com a maior parte dos projetos previstos para entrar em operação nos próximos anos destinada ao mercado livre. A Aneel projeta a entrada em operação de 7,4 GW em 2024 e mais 7,4 GW em 2025.
Com a abertura do mercado livre para todos os consumidores conectados na alta tensão a partir de 2024, uma nova demanda deve ser destravada para projetos de geração renovável. O perfil de cargas menores e mais pulverizadas deve demandar novos produtos e serviços por parte de geradores e comercializadoras.
A falta de margem de transmissão, agravada pelo acúmulo de projetos que buscaram outorgas para garantir descontos nas tarifas de uso do sistema de transmissão, deve ser aliviada com a aprovação pela Aneel de um mecanismo de desistência de projetos inviáveis, o que deve limpar a fila de acesso à rede em 11 GW, e, em longo prazo, pela entrada em operação de novas linhas de transmissão recentemente contratadas. A escassez de nova capacidade de escoamento também deve incentivar novos projetos híbridos de geração.
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