A geração solar distribuída chegou a 22 GW instalados no Brasil, com 3,9 GW adicionados só em 2023 – acima dos 2,9 GW adicionados em todo o ano de 2020. É praticamente o dobro dos 2 GW adicionados em 2023 pela geração centralizada até maio. São ao todo 2 milhões de sistemas de geração distribuída que geram créditos de energia para 2,623 milhões de unidades consumidoras, em 5.530 municípios. A média é de 10,98 kW por sistema instalado.
Os sistemas residenciais correspondem a metade da capacidade total instalada na geração distribuída, com 10,937 GW (6,9 kW em média), seguidos pelos comerciais, com 6,1 GW, e pela classe de consumo rural, com mais 3,2 GW.
Considerando apenas os sistemas instalados em 2023, a classe residencial continuou liderando a expansão, com 1.930 MW instalados. A comercial segue cm 899 MW e a rural, com 643 MW. Os dados são da Aneel, até 26/06.
Estados
Neste momento, Minas Gerais (2.991 MW) retomou a dianteira entre os estados, que vem sendo disputada ao longo deste ano com São Paulo (2.981 MW). Além destes, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso são estados que já ultrapassaram 1 GW de geração solar distribuída. Na outra ponta, estão estados da região Norte: Amapá (32 MW), Roraima (33 MW), Acre (59 MW) e Amazonas (112 MW). O Pará é o estado na região com mais capacidade acumulada, com 651 MW.
Segundo a Absolar, desde 2012, a geração distribuída já atraiu R$ 111,2 bilhões de investimentos, gerando mais de 660 mil empregos acumulados e uma arrecadação aos cofres públicos de R$ 29,8 bilhões.
“No entanto, o atual patamar da taxa de juros no Brasil, em 13,75%, inibe a aceleração deste desenvolvimento, pois a prestação do financiamento do sistema solar se torna pesada dentro do orçamento familiar”, diz o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk.
Já o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, aponta que o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros. “A fonte solar é, portanto, uma alavanca para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país. O crescimento da geração própria da energia fotovoltaica também amplia a atração de capital e impulsiona a geração de mais emprego e renda aos brasileiros”, comenta Sauaia.
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