Leilões foram cruciais para expansão de energia renovável no Brasil, diz GlobalData

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O desenvolvimento das energias renováveis nos últimos anos deveu-se principalmente à introdução do sistema de leilões do governo no contexto do aumento da demanda total de eletricidade no país, diz a GlobalData, uma empresa líder em dados e análises. Entre 2015 e 2022, um total de 14,1 GW de capacidade foi concedida por meio do mecanismo de leilão. A energia eólica e a energia solar fotovoltaica foram as duas tecnologias favorecidas, representando 40,8% e 33,8%, respectivamente, da capacidade total concedida entre 2015 e 2022.

A partir de 2022, a capacidade de energia eólica aumentou para 23,71 GW, a capacidade de bioenergia para 16,91 GW e a capacidade solar fotovoltaica para 23,24 GW, refletindo o sucesso do mercado brasileiro de energia renovável.

O último relatório da GlobalData, “Brazil Power Market Size, Trends, Regulations, Competitive Landscape and Forecast, 2023-2035,” observa que durante 2003-2004, o setor de energia passou por grandes reformas para intensificar a regulamentação no setor através da transparência e estabilidade das regras .

“O acesso fácil e um retorno justo sobre o investimento para os produtores de energia foram considerados os principais objetivos. Durante esse período, foi aprovado um decreto permitindo ao governo estabelecer um mecanismo de leilão e usá-lo como o principal método de desenvolvimento da capacidade de energia renovável. Os leilões foram introduzidos para preencher a lacuna de oferta e demanda, atraindo nova capacidade de geração, garantindo a adequação da oferta e adquirindo eletricidade com base nas previsões de carga. Os leilões são específicos da tecnologia ou são neutros em termos de tecnologia”, disse o analista de energia da GlobalData, Attaurrahman Ojindaram Saibasan

Nos últimos anos, porém, esse cenário vem mudando. “Houve um declínio na capacidade concedida de 2018 a 2022 devido à redução do interesse dos participantes do setor devido ao aumento dos custos e à redução dos preços máximos estabelecidos pelo governo, tornando-o uma opção de investimento pouco atraente”, diz o analista.

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