Com o apoio e supervisão dos engenheiros da 360Energy e da Genneia, o pessoal do Comando Conjunto Antártico está construindo as bases de concreto que sustentarão as estruturas e montando os primeiros painéis fotovoltaicos do parque solar que fornecerá energia renovável à Base Petrel na Antártida argentina.
O parque, que contará com 200 painéis fotovoltaicos policristalinos implantados em uma área de 800 metros quadrados para uma potência próxima a 50 kW, está sendo projetado para resistir aos fortes ventos daquela região antártica, que podem ultrapassar os 200 km/h.
A previsão é que até o final deste mês sejam efetuados os trabalhos de ligação elétrica e posterior ligação à rede que a Base dispõe, atualmente energizada com grupos electrogéneos movidos a combustíveis fósseis.
A Base Petrel, uma das treze bases argentinas na Antártida, está localizada no arquipélago de Joinville, aos pés da geleira Rosamaría, na baía Petrel da Ilha Dundee, cerca de 1.100 quilômetros ao sul de Ushuaia, na fronteira com o continente americano.
“Petrel – explica uma comunicação de Genneia – está a caminho de voltar a ser uma base permanente (com presença humana durante todo o ano) graças ao projeto de restauração realizado pelo Comando Conjunto Antártico, que faz parte de nosso projeto de energia renovável”.
Esta central, construída em doação, resulta de um acordo anunciado em maio do ano passado entre a Genneia, empresa especializada no fornecimento de soluções energéticas sustentáveis, e a desenvolvedora fotovoltaica 360Energy.
O continente antártico, como é conhecido, é um dos mais ingratos para a vida humana devido às condições climáticas extremamente frias e ventosas. Bases de vários países estão instaladas lá. Algumas delas já contam com instalação fotovoltaica, como a base argentina Marambio (1,92 kW) e o refúgio Elefante, localizado próximo à base Carlini (1 kW).
A base uruguaia Artigas (1,2 kW) também possui uma instalação fotovoltaica, embora até o momento a maior de todas seja a da base australiana Casey (30 kW).
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